Tese

Batata-doce: adubação, variedades e propagação no Amazonas

A batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] é um alimento nutritivo, oriundo de cultivo de fácil manejo, presente em todas as regiões brasileiras, tendo grande relevância socioeconômica. No entanto, a produtividade nacional é considerada baixa, provavelmente pelo baixo nível tecnológico empregado. Nes...

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Autor principal: Ferreira, Carla Coelho
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4332713241558646
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2021
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8583
Resumo:
A batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] é um alimento nutritivo, oriundo de cultivo de fácil manejo, presente em todas as regiões brasileiras, tendo grande relevância socioeconômica. No entanto, a produtividade nacional é considerada baixa, provavelmente pelo baixo nível tecnológico empregado. Neste contexto, é importante a busca de técnicas agrícolas que aumentem a relação custo-benefício na atividade produtiva e que sejam viáveis ao agricultor familiar e, também, representem uma alternativa ao médio e grande produtor rural. Tecnologias de produção relacionadas à propagação e adubação são grandes influenciadoras nesta relação. Além disso, existem muitas variedades de batata-doce com diferentes características de cor e sabor, mas que não estão sendo comercializadas no mercado de Manaus, sendo importante que se promova a visibilidade e acesso a essa diversidade aos agricultores e consumidores. Desta forma, será estimulada a valorização do produto e a conservação da agrobiodiversidade. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar as tecnologias de produção de batata-doce quanto à adubação, variedades e propagação. Para isto, foram testadas cinco doses de esterco de galinha (0, 5, 10, 15 e 20 t.ha-1), com e sem calagem, comparando com a dose de NPK recomendada para a cultura, sob a ótica da eficiência econômica, em experimento com delineamento em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas (2 x 5 + 1); foram descritas morfologicamente quatro variedades (Cenoura, Margarita, Rainha e Roxa) oriundas da coleção da Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas; e foram testados três tipos de estaca (foliar, 15 cm e 30 cm) quanto à sobrevivência e produção destas quatro variedades, em experimento com delineamento em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas (3 x 4). Recomenda-se a dose de 12 t.ha-1 de esterco de galinha, sem uso de calagem, em solo de textura muito argilosa, sendo fundamental a conscientização do pequeno produtor, que tem baixo capital para investimento, sobre a relevante redução nos custos de produção ao se optar pela compra do insumo diretamente do fabricante, e aumento do lucro pela venda direta ao consumidor. Além das variedades Rainha (casca branca e polpa creme) e Roxa (casca roxa e polpa creme), a variedade Cenoura (casca e polpa laranja) também tem potencial para ser cultivada pelos agricultores amazonenses e introduzida no mercado local, destaca-se que estas variedades atingiram produtividades comerciais de 40,574 t.ha-1, 29,241 t.ha-1 e 22,571 t.ha-1, respectivamente. Recomenda-se a propagação de batata-doce por estacas de 15 cm, uma vez que representa economia de material e a mesma eficácia quanto à sobrevivência em campo e à produtividade quando comparada à estaca de 30 cm (tradicionalmente utilizada). Ressalta-se que é inviável o plantio de estacas foliares diretamente no campo.