Dissertação

Riquezas materiais e imateriais: relações cidade e campo na Amazônia

Discute as relações estabelecidas por pessoas domiciliadas nas cidades com os espaços fora da cidade, o campo, considerado como interior, na Amazônia, procurando entender as estratégias utilizadas pelos sujeitos que vivem nas pequenas e médias cidades na busca por satisfazer suas necessidades. Parti...

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Autor principal: Schwade, Maurício Adu
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0568975380600975
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4278
Resumo:
Discute as relações estabelecidas por pessoas domiciliadas nas cidades com os espaços fora da cidade, o campo, considerado como interior, na Amazônia, procurando entender as estratégias utilizadas pelos sujeitos que vivem nas pequenas e médias cidades na busca por satisfazer suas necessidades. Partiu-se da hipótese de que as economias das populações das cidades amazônicas não se restringem à participação em circuitos de mercado. Trata-se de um trabalho interdisciplinar que utiliza ferramentas conceituais e estratégias metodológicas da etnologia, da economia, da geografia e da história, o que possibilita entender as pessoas que vivem no local como sujeitos construtores do espaço e de espacialidades. Inicia-se discutindo a produção de riqueza, espaço e cidades na Amazônia. Em seguida situa o locusda pesquisa de campo, a cidade de Itacoatiara-AM, no tempo e no espaço buscando reconstituir o processo histórico de formação da cidade ao tempo que identifica sujeitos que participaram e que participam desse processo,bem como os conflitos que dão contorno ao processo de produção do espaço e de espacialidades. Por fim,reflete sobre as formas de criação de riqueza material e imaterial por parte dos moradores da cidade a partir de dados e entrevistas feitas com moradores do bairro do Jauary em Itacoatiara-AM, bem como do olhar curioso que nota e anota, associa e distingue por meio de conversas sem perder o rigor teórico e metodológico. Conclui que a pluralidade de estratégias de vivência estabelecidas pelas populações amazônicas deve ser reconhecida como condição para a construção da sustentabilidade e para a manutenção e ampliação das possibilidades de satisfação material e imaterial, objetivas e subjetivas das populações locais. O olhar que reduz a Amazônia à simples localização de recursos a serem explorados deve ser superado, revelando-a como espaço de uso, de produção de satisfação, de vivência, enfim, como possibilidades sempre renovadas de realização da vida.