A metacognição tem como definição a capacidade do sujeito de conhecer, monitorar e autorregular seus processos internos, de modo que aprenda a aprender de maneira eficaz e significativa. Os estilos de aprendizagem, por sua vez, são as escolhas educacionais tomadas pelo aprendiz para apresentar suas preferências quanto à construção do conhecimento. Neste estudo investigou-se as estratégias metacognitivas e os estilos de aprendizagem por meio das atividades práticas nas disciplinas em Psicologia na área clínica em diferentes contextos da saúde, da Universidade Federal do Amazonas/UFAM, na cidade de Manaus. Trata-se de uma pesquisa de abordagem mista, exploratória-descritiva, transversal. Participaram do estudo 30 estudantes (n=30), avaliados por meio da Escala de Avaliação de Estilos de Aprendizagem (EAEA) e Grupo Focal (GF), analisados a partir da análise de conteúdo de Bardin. Houve predominância de participantes do sexo feminino (n=21), entre dezoito e vinte e cinquenta e quatro (18 ≥ 54). Todos os participantes declararam estar cursando disciplinas em psicologia clínica com maioria na abordagem da psicanálise (n=10), no 9º período (n=21). A maioria (n=23) declarou-se empregado, exercendo estágio remunerado como função (n=17). Nas respostas da EAEA predominou a dimensão de condições pessoais (56,7%), na qual os alunos relatam que aprendem melhor fazendo e reconhecem a leitura como facilitadora dos estudos, seguido da dimensão de condições ambientais (50%), onde destacou-se que o ambiente iluminado e calmo favorecem os processos de estudos. Na sequência, as respostas destacaram a dimensão de condições sociais e de atividades (ambas com 43,3%), apontando que estudar em grupo, conversar com os colegas sobre assuntos de estudo facilitam a aprendizagem, assim como exemplificações e exercícios práticos facilitam a compreensão do assunto em sala de aula. Quanto as condições instrumentais (40%), os alunos afirmaram que a internet e o uso do computador são recursos que auxiliam em situações de aprendizagem. Quanto às respostas dos GF, surgiram cinco categorias de análises derivadas das falas dos alunos. A primeira categoria refere-se a metodologia didático-pedagógica do curso, tendo como subcategorias a formação teórico e prática dos professores, correlação entre as disciplinas, formação pouco generalista e incentivo à pesquisa; a segunda refere-se ao funcionamento didático pedagógico do Estágio Supervisionado, subdividindo-se em papel do supervisor, metodologia adotada nas supervisões e fundamentação teórica necessário para a prática; a terceira categoria refere-se a relação professor-aluno, tendo como subcategoria a relação com os professores ao longo da graduação e com o supervisor de estágio; na quarta categoria tem-se as estratégias dos alunos sobre aprendizagem, nas subcategorias a rotina de estudos, autopercepção do aprendizado, procrastinação e distrações no processo de aprendizagem e técnicas de práticas de estudo; a quinta categoria refere-se a trajetória acadêmica dos discentes, subdividindo-se em contribuições do Estágio Supervisionado, sugestões de mudanças no funcionamento do curso, espaço de atendimento CSPA e preocupações com a saúde mental do aluno estagiário. Os dados obtidos respondem as questões levantadas no início deste estudo, entendendo que a compreensão dos estilos de aprendizagem dos alunos e de estratégias metacognitivas estabelecidas por estes favorecem uma aprendizagem significativa ao longo de seu processo formativo.
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