Dissertação

Prática docente na Educação Ambiental nas escolas públicas de Humaitá - AM

A preocupação mundial com os efeitos advindos da questão ambiental gerou sucessivas conferências para discutir os problemas que afetam o planeta. Com isso, temos a Educação Ambiental sendo um meio pedagógico para trabalhar temas vinculados a questão ambiental, tendo a possibilidade de ser desenvo...

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Autor principal: Castelo Branco, Márcia Trigueiro
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1477331854415623
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2021
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8501
Resumo:
A preocupação mundial com os efeitos advindos da questão ambiental gerou sucessivas conferências para discutir os problemas que afetam o planeta. Com isso, temos a Educação Ambiental sendo um meio pedagógico para trabalhar temas vinculados a questão ambiental, tendo a possibilidade de ser desenvolvida em múltiplos espaços, incluindo o ambiente escolar. Considerando que na atualidade essa ação é necessária em decorrência do agravamento que ocorre em todas as regiões do Brasil, especificamente na Região Amazônica, com o crescimento dos índices de queimadas, desmatamento, aumento das áreas para agricultura e pecuária, invasões de terras indígenas, entre outros, colocando em risco todos os ecossistemas que estão presentes na região, pois sofrem interferência de todos os aspectos ambientalmente degradantes. Desta forma, o objetivo geral desta dissertação foi identificar as práticas pedagógicas da educação ambiental em disciplinas regulares das séries finais do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano) nas escolas da zona urbana do município de Humaitá-AM. Participaram da mesma treze servidores de duas escolas estaduais, sendo dez professores, duas pedagogas e um gestor. A pesquisa é qualitativa, e utilizou os seguintes procedimentos: pesquisa bibliográfica e documental. O instrumento para a coleta de dados foi o questionário virtual semiestruturado por meio do google forms e para a leitura dos dados foi empregada análise de conteúdo. Os resultados obtidos demostram que os participantes docentes se desdobram para inserir atividades de educação ambiental na sua prática; apareceram situações em que as informações ainda estão fragmentadas até para eles, gerando algumas confusões de quem deveria realizar as atividades. Relataram que para desenvolver as atividades passam por várias dificuldades, como falta de interesse do discente e dos responsáveis para estimular o discente a participação. Verificou-se que ainda predomina a macrotendência conservacionista da Educação Ambiental. Assim, a fragmentação do tema no ambiente escolar prejudica uma compreensão mais crítica acerca da temática socioambiental. É importante conhecer as limitações que existem na realização de atividades no ambiente escolar, objetivando visualizar as possibilidades de mudança para uma educação ambiental crítica. Deve ser valorizado momentos de troca de experiências, estabelecer diálogos entre os vários atores que afetam e são afetados pelos danos ambientais, como por exemplo o destino dos resíduos sólidos que é tão trabalhado no ambiente escolar, mas é de difícil resolução. Na educação brasileira é preciso romper paradigmas e pensar o processo educacional como dever de todos. A educação não se faz somente com a figura do professor e do discente, como muitos evidenciam, por trás de uma escola existe um considerado número de servidores em outras funções que corroboram para o desenvolvimento do processo educacional, bem como a comunidade externa. É preciso chamar esses profissionais e indivíduos para atuarem em parceira com os professores na elaboração de projetos e estratégias para proporcionar uma educação ambiental crítica.