La interseccionalidad de género, raza, etnia y presencia del colonialismo en las obras Lucy y La autobiografía de mi madre, de Jamaica Kincaid

Esta pesquisa objetivou estudar a interseccionalidade nas categorias de gênero, raça, etnia e presença do colonialismo em duas obras literárias da autora caribenha Jamaica Kincaid: Lucy (1990) e La autobiografía de mi madre (1996). Para desmembrar cada categoria foram analisadas as obras e esp...

ver descrição completa

Autor principal: Marcano, Mery Carolina Andrades
Idioma: Spanish / Castilian
Publicado em: 2021
Assuntos:
Acesso em linha: http://hdl.handle.net/11612/2937
Resumo:
Esta pesquisa objetivou estudar a interseccionalidade nas categorias de gênero, raça, etnia e presença do colonialismo em duas obras literárias da autora caribenha Jamaica Kincaid: Lucy (1990) e La autobiografía de mi madre (1996). Para desmembrar cada categoria foram analisadas as obras e especificados os parágrafos relacionados com os objetivos da tese. É uma pesquisa de tipo documental onde o material relevante foi obtido diretamente das novelas com o fim de conhecer a forma na qual a autora articula as temáticas de gênero, raça e etnia, assim como o impacto do colonialismo britânico em seus diferentes contextos. Ademais, foi realizada uma revisão bibliográfica de 42 artigos acadêmicos para conhecer os avanços no estudo das obras de Jamaica Kincaid. Também foi realizada uma análise histórica- literária fundamentada no Antonio Candido (1959) para conhecer as características e o estilo das obras estudadas. É importante ressaltar que a autora utiliza elementos autobiográficos e ficcionais que permitem entender os fatos, personagens e conflitos das novelas, e por isso, foi necessário discutir os conceitos de autobiografia, autoficção e o romance autobiográfico. O primeiro capítulo informa sobre o Caribe como região. Nos apoiamos em diferentes fontes e autores como Williams (2011), Lamming (2007), Gaztambide (1996), Dyde (1996), Hall (2003) e Bosch (2009). O segundo capítulo é teórico e trata temas fundamentais como a história e as concepções diferentes da interseccionalidade, assim como a presença desse processo na vida de Jamaica Kincaid e como aparece nas obras objetos de estudo. Para isso, foram referenciados autores como Crenshaw (1991; 2002), Collins (2015; 2017a e b), Henning (2015), Collins e Bilge (2016), Akotirene (2019), etc. O terceiro capítulo refere-se ao impacto do colonialismo na ilha de Antigua e na vida de Jamaica Kincaid para destacar como o expõe nas obras. Os autores mencionados aqui são Lowes (1995), Lewis (1996), Ramos (2001), Bosch (2009) e Petley (2011). O capítulo quatro estuda a temática de gênero nas obras selecionadas e o papel da mulher na região caribenha. Alguns dos autores que baseiam esse capítulo são Ferguson (1994), Gregg (2002), Simon (2005), Martin (2012), dentre outros. Finalmente, o capítulo cinco aborda a raça e a etnicidade no Caribe e a maneira como esses aspectos aparecem nas obras de Kincaid. Também sobre as concepções da raça das teóricas negras Kimberlé Crenshaw e Patricia Hill Collins. Outros autores analisados são Premdas (1996), Alleyne (2005), Torres-Saillant (2006) e Williams (2011). Os resultados apontam que a escritora expressa a experiências da infância e adolescência em suas novelas, onde se misturam a interseccionalidade e as categorias de gênero, etnia, raça conjuntamente com as impressões próprias do colonialismo na sua ilha e as consequências que deixou nela, na sua família e na sociedade antiguana. Portanto, Jamaica Kincaid através dos romances Lucy (1990) e La autobiografía de mi Madre levanta sua voz contra os traços coloniais que envolvem as temáticas ditas e que tenta apagar a história dos caribenhos, mantendo-os sempre abatidos, especialmente a mulher negra quem sofre com mais ênfase as consequências da opressão, o machismo, patriarcado, racismo e a discriminação próprias do sistema colonial.