Talvez tenhamos naturalizado que sabemos o que é Educação Ambiental e não saibamos nada mesmo do que ela é! Talvez cada um de nós tenhamos uma ideia empobrecida (ou não) do que ambiente nos devolve como defesa a tanta agressão e daí a centralidade cada vez maior, nos processos educacionais formais e ainda mais nos informais, de educar para salvar a vida do ambiente e salvara nossa existência no planeta. A iniciativa do Grupo de Estudos Pesquisas e Extensão em Educação Ambiental da Universidade Federal do Oeste do Pará desenha esta trajetória com esta proposta para ler titulada Educação Ambiental: o exercício de nossas atividades na Amazônia organizada por Maria Mirtes Cortinhas dos Santos, Rodolfo Maduro Almeida e Breno Bentes Gemaque. Um desafio do tamanho da responsabilidade geopolítica-ambiental da Amazônia porque este é o lugar de onde vivem e screvem os organizadores e os autores que compõem esta obra. O capítulo A Educação Ambiental na construção do desenvolvimento sustentável: uma responsabilidade global traça uma perspectiva histórica local e global
de como foi se configurando esta preocupação de governos e instituições supranacionais em aproximar cada vez mais dos processos escolares de aprendizagem a formação da consciência ambiental e os dilemas do desenvolvimento local e global. Já no Capítulo A Educação Ambiental no componente curricular da Língua Portuguesa: uma abordagem interdisciplinar no Ensino Fundamental II recupera o debate da relação entre as políticas curriculares e parâmetros e diretrizes para o vínculo entre Ensino de Língua e Educação Ambiental e as interfaces interdisciplinares das Ciências Naturais, a História e a Geografia. Importante revisão da literatura e sem dúvidas uma sistematização para seguir. Num rumo pontual o Capítulo Resíduos Sólidos e a Educação Ambiental: o caso dos bairros periféricos do Município
de Santarém, Pará, Brasil, focaliza as políticas municipais para resíduos sólidos em sintonia com a Políticas Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12305/2010 e a articulação com a atividade de famílias de catadores dos bairros de Vitória Regia e Nova República na periferia do Município de Santarém, sua realidade, possibilidades e limites. A rede de responsabilidades que se estabelece entre a realidade de famílias carentes e sua atividade em relação aos resíduos mostra uma preocupação com a complexidade destas relações e a interdependência desta atividade com distintos
a concepção da coleta e seu destino como também o significado formativo que se pode depreender em relação a outros estratos sociais que produzem os resíduos.
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