/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Livro
O rio que nos une: Uso & Gestão na Floresta Nacional do Tapajós e Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns
A gestão territorial das Unidades de Conservação Brasileiras tem passado, ao longo dos últimos anos, por diversos desafios e transformações. Entre estes, destacamos a quebra do paradigma de que as Unidades de Conservação (UCs) são ilhas de “conservação e preservação”, “redomas” que devem ser protegi...
Autor principal: | ANDRADE, Dárlison Fernandes Carvalho de |
---|---|
Outros Autores: | SPÍNOLA, Jackeline Nóbrega |
Grau: | Livro |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
2024
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1469 |
Resumo: |
---|
A gestão territorial das Unidades de Conservação Brasileiras tem passado, ao longo dos últimos anos, por diversos desafios e transformações. Entre estes, destacamos a quebra do paradigma de que as Unidades de Conservação (UCs) são ilhas de “conservação e preservação”, “redomas” que devem ser protegidas e intocadas e que aos humanos que as cercam cabe apenas a sua contemplação.
Essa visão que permeou os primórdios da gestão das Unidades de Conservação no Brasil trazia em suas premissas, apenas o olhar dos limites da área protegida para o seu próprio interior, ou seja, um olhar para o seu próprio “umbigo”! Mudar essa perspectiva, principalmente, entre profissionais da área ambiental, é uma tarefa complexa e árdua, pois envolve outras áreas de conhecimento que estes profissionais por vezes não dominam e/ou não dialogam, como as ciências humanas, sociais e econômicas.
Este livro também nasceu de uma mudança de perspectiva, uma mudança de olhar. Nasceu em 2016, a partir de um projeto que trazia em seu escopo olhar a gestão da Floresta Nacional do Tapajós e da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns pela sua principal limitação geográfica, o Rio Tapajós, que até então era considerado pelos gestores o principal elemento que separava as duas UCs.
Olhar para o Rio Tapajos, como o “Rio que nos Une” é justamente o resultado, dessa mudança de perspectiva de gestão territorial da Floresta Nacional do Tapajós e da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, como um território único, com diferenças e similaridades, dinâmicas e movimentos sociais de luta, resistência, manutenção de saberes e tradicionalidades no Baixo Tapajós.
São 16 capítulos, divididos em 4 seções que trazem informações atualizadas, sobre o contexto histórico-regional, a organização política e governança para a gestão territorial, os saberes e práticas para o desenvolvimento socioambiental e, por fim, pontos fundamentais, que muitas vezes passam desapercebidos aos olhos, como qualidade de vida, conflitos e a relevância das comunidades para o território.
Um dos principais diferenciais deste livro, é também o seu conjunto de autores, reuni-los também foi tarefa complexa, que a pandemia permitiu, em virtude dos eventos adiados, do excesso de tempo em casa, e das relações de amizade e sentimento de pertencimento ao local. Foi escrito por moradores locais, professores, pesquisadores e gestores com vasto conhecimento e experiência no território. A nós editores, foi uma honra organizá-lo e trazer a sociedade tão rico conhecimento produzido por especialistas.
Este livro traz em sua essência o olhar humano e social sob o modo de vida das pessoas que tem suas vidas totalmente vinculadas ao “Rio que nos Une”. |