Dissertação

Mapeamento e análise temporal das variáveis físico-ambientais que influenciam a produtividade de camarão rosa Penaeus subtilis na plataforma continental amazônica.

O Penaeus subtilis, conhecido vulgarmente como camarão rosa é uma espécie amplamente capturada na região norte do Brasil, e sua captura é destaque na frota industrial de arrasto de fundo. A área de captura do camarão rosa na costa norte vai da foz do rio Parnaíba (PI) até a fronteira do estado do Am...

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Autor principal: ALVES, Adler Henrique Rodrigues
Grau: Dissertação
Idioma: pt_BR
Publicado em: UFRA/Campus Belém 2022
Assuntos:
Acesso em linha: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1564
Resumo:
O Penaeus subtilis, conhecido vulgarmente como camarão rosa é uma espécie amplamente capturada na região norte do Brasil, e sua captura é destaque na frota industrial de arrasto de fundo. A área de captura do camarão rosa na costa norte vai da foz do rio Parnaíba (PI) até a fronteira do estado do Amapá com a Guina Francesa. Este estudo apresenta uma análise da série temporal, entre os anos 2000 até 2004, da abundância relativa do camarão rosa e suas relações ecológicas com o ambiente (físico e ambiental). No trabalho foram utilizadas técnicas de sensoriamento remoto e Sistema de Informação Geográfica. A partir da metodologia aplicada foi possível mapear a distribuição espacial e abundância do camarão rosa na plataforma continental amazônica. A base de dados forneceu observações de 8383,57 horas de arrasto, viagens com produção total de 39,991 toneladas e média de 5.683 kg/hora de arrasto. Os dados de abundância relativa do camarão rosa (relação peso/hora de arrasto) foram analisados com relação a parâmetros abióticos tais como, vazão do rio salinidade, temperatura e corrente a 35 m de profundidade e características geomorfológicas do substrato da plataforma continental do Amazonas. A série de abundância relativa da espécie apresenta variações interanuais significativas (r2 = 0,57) e a climatologia dos dados demonstra um máximo na captura entre fevereiro e março e mínimo em outubro. Os resultados demonstram que estas flutuações sazonais da captura do camarão rosa acompanham as variações da pluma do Amazonas, mas também podem estar relacionadas com a variabilidade da corrente na região, que, por sua vez, varia em antifase em relação a série de Captura por Unidade de Esforço. A distribuição espacial dos parâmetros analisados e da abundância relativa do camarão rosa mostram que as zonas de maior captura se encontram a noroeste da plataforma, em frente à costa do Amapá, na faixa onde o substrato é de areia lamosa com declividade moderada na direção Nordeste. Essa zona principal de captura ocorre na borda do eixo de fluxo principal da Corrente Norte do Brasil e é máxima quando a pluma do Amazonas atinge a área.