Este estudo foi desenvolvido em três etapas distintas: inicialmente, (1) avaliou-se a influência da somatotropina recombinante bovina (rbST) sobre a produção e constituintes do leite de búfalas entre 63 -154 dias de lactação; na segunda etapa (2) objetivou-se quantificar os efeitos das aplicações de rbST sobre a produção de leite, o ganho de peso e o metabolismo energético e mineral durante a lactação de búfalas; por fim, (3) buscou-se comparar os parâmetros físicoquímicos do leite de búfalas obtidos através dos métodos de infravermelho-PO ANA 009 ou analisador ultrassônico de leite (EKOMILK total®, Eon Trading LLC, Bulgária) e estabelecer quais constituintes de leite de búfalas podem ser determinados pelo método de ultrassom. Foram
utilizadas 22 búfalas adultas da raça Murrah (Bubalus bubalis). Todas as búfalas eram multíparas, com média de 66±1,74 dias em lactação (DEL) e 6,97 ± 1,55 litros de leite por dia. Os animais foram mantidos em sistema de pastejo rotacionado, recebendo água, sal mineral ad libitum e 1 Kg de ração/animal/dia. As búfalas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos experimentais: 11 búfalas que receberam a aplicação de 500 mg de somatotrotopina bovina recombinante (Grupo rbST; 2 mL de Boostin – MSD Saúde Animal) a cada 14 dias, por via subcutânea; e 11 búfalas que não receberam aplicação de rbST (Grupo Controle). Semanalmente foi realizado o controle da produção de leite e a coleta das amostras de sangue. A utilização de 500 mg de rbST administrados quinzenalmente, entre 63 e 154 dias em lactação, não alterou a produção de leite, a proporção dos constituintes e a CCS do leite de búfalas leiteiras. Também não foi observado efeitos da rbST sobre o perfil metabólico (energético, proteico e mineral) das búfalas em lactação. Os resultados obtidos por meio de analisador ultrassônico de leite foram diferentes daqueles feitos por infravermelho-PO ANA 009, porém
apresentaram correlação positiva alta para gordura (r = 0,84), podendo, portanto, ser utilizado para determinação de gordura.
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