A atividade pesqueira no reservatório da usina hidrelétrica de Tucuruí (UHE Tucuruí) é a principal atividade econômica de muitas famílias que vivem em comunidades do entorno do reservatório. A pesca garante a sobrevivência dessas comunidades, se tornando uma grande fonte de ocupação de mão de obra, produção de alimentos e geração de renda para a região. Este estudo buscou analisar a infraestrutura da cadeia produtiva da pesca do entorno da UHE Tucuruí, no que se refere às questões de estrutura dos entrepostos pesqueiros existentes no reservatório, como a situação desses entrepostos, acesso a gelo, lojas de apetrechos,
combustível, atuação das colônias de pescadores, e como, a infraestrutura dos entrepostos influencia no desembarque pesqueiro. Foram realizadas coletas de dados (ano 2013) por meio de observações in loco, entrevistas e questionários semi-estruturados, além de levantamento de dados dos trabalhos de Cintra et al. (2007a), Cintra et al. (2007b) e Cintra et al. (2011a). Estes dados foram analisados por meio de planilhas eletrônicas e análises estatísticas. A infraestrutura da cadeia produtiva pesqueira do entorno da UHE Tucuruí apresentou uma evolução significativa ao longo do período estudado. O porto de Santa Rosa, em Jacundá, comparado aos outros seis portos do entorno do reservatório, teve o maior percentual de evolução, permitindo
um aumento na produção pesqueira do porto e melhores condições de comercialização do pescado que, consequentemente, contribuiu para o aumento nos rendimentos financeiros do pescador. A atuação das Colônias de Pescadores ainda é precária e uma parcela dos pescadores que se associam não exerce a atividade pesqueira, efetuam o cadastro na colônia por outros motivos, menos o de atuar na pesca.
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