TCC

Composição e variação espaço-temporal do ictioplâncton no trecho Baixo do Rio Amazonas, Brasil

Este trabalho teve como objetivo caracterizar a composição taxonômica larval da ictiofauna, analisar a estrutura da assembleia larval e verificar a relação da abundância do ictioplâncton com as variáveis ambientais, avaliando a importância do trecho baixo do Rio Amazonas, como sítios de desova e...

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Autor principal: SILVA, Adria Juliana Sousa da
Grau: TCC
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Oeste do Pará 2024
Assuntos:
Acesso em linha: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1840
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo caracterizar a composição taxonômica larval da ictiofauna, analisar a estrutura da assembleia larval e verificar a relação da abundância do ictioplâncton com as variáveis ambientais, avaliando a importância do trecho baixo do Rio Amazonas, como sítios de desova e desenvolvimento para as espécies de peixes da região. As coletas foram realizadas mensalmente de janeiro a dezembro de 2013, em ciclos de amostragem diurna e noturna. A variação espaço-temporal do ictioplâncton foi analisada pela ANOVA bifatorial e a relação entre a densidade de organismos e as variáveis ambientais pela correlação de Pearson. Um total de 295 ovos e 46.298 larvas de peixes foram capturadas e classificadas em 63 táxons. Essas larvas pertenciam a várias espécies caracterizadas por diferentes estratégias de reprodução. Indivíduos em estágio muito inicial de desenvolvimento perfizeram 92% das capturas. Elevadas densidade de larvas foram registradas entre os meses de janeiro a março, correspondendo à época de reprodução da maioria das espécies de peixes explorados pela pesca na região. Elevadas abundâncias do ictioplâncton foram relacionadas com os momentos em que o ambiente apresenta maiores valores de oxigênio dissolvido, índice pluviométrico e nível fluviométrico, e baixos valores de pH e condutividade elétrica. Os resultados obtidos neste trabalho confirmam que várias espécies de peixes, utilizam as áreas marginais do trecho baixo do Rio Amazonas como área de desova, dispersão e berçário, ressaltando assim a sua importância para a reprodução e, consequentemente, para a manutenção das espécies de peixes Amazônicos, evidenciando a necessidade de sua preservação, além de monitoramento para evitar a pesca durante o período reprodutivo.