Na região amazônica, os solos antropogênicos são férteis e sustentáveis, conhecidos como solos Terra Preta (TPA), são resultados de profundas modificações provocadas pelas atividades humanas. Elas ocorrem em diversas classes de solos, em faixas descontínuas pela região amazônica que pode chegar a metros (m) ou a quilômetro (km). O arquipélago do Marajó apresenta vários sítios arqueológicos e alguns estão localizados em Gurupá-PA, uma região que apresenta uma transição indígena-europeia, e com comunidades e vilas exercendo o extrativismo de forma organizacional. Os solos de terra preta presentes nos sítios arqueológicos apresentam faixas descontinuas, coloração escura e com espessura que pode chegar a 1 metro ou mais. Logo, levantou-se a hipótese de que as propriedades físicas do solo são semelhantes em todos os solos considerados terra preta arqueológica. Com isso, objetivo geral é avaliar as propriedades física do solo e os minerais ligado a argila em terra preta arqueológica e suas adjacências em busca de respostas para entender a formação das TPA. Para buscar resposta para o objetivo geral foi estabelecido os objetivos específicos, os mesmos correspondem a cada capítulo da tese. No primeiro buscou-se verificar a classificação textural através do pré-tratamento com queima da matéria orgânica em solo de terra preta. No segundo buscou-se caracterizar os atributos dos solos de terras pretas arqueológicas no município de Gurupá. O resultado do primeiro trabalho mostrou que a matéria orgânica em solos de terra preta pode influenciar na textura do solo e que a queima da MO com peróxido em níveis alto pode subestimar a classificação textural. O resultado referente ao segundo, os maiores agregados do solo estão na malha de diâmetro maior 4mm, predominância de minerais da fração argila caulinita com presença de strengite, anástasio, albite, minerais estes observados em solos de TPA.
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