TCC

Análise Faunística de Saturniidae (Insecta, Lepidoptera) em Dossel na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil.

Coletas sistemáticas de Saturniidae foram realizadas no dossel de Floresta Nacional do Tapajós, no município de Belterra, PA, utilizando-se armadilhas luminosas modelo “Pensilvânia”. As coletas ocorreram em dois pontos, denominados “Unidades Amostrais” (UA 1) e (UA 2). A primeira UA está localiza...

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Autor principal: FREITAS, Raylan Silva de
Grau: TCC
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Oeste do Pará 2024
Assuntos:
Acesso em linha: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1972
Resumo:
Coletas sistemáticas de Saturniidae foram realizadas no dossel de Floresta Nacional do Tapajós, no município de Belterra, PA, utilizando-se armadilhas luminosas modelo “Pensilvânia”. As coletas ocorreram em dois pontos, denominados “Unidades Amostrais” (UA 1) e (UA 2). A primeira UA está localizada na altura do km 67 e a segunda no km 83 da BR 163 (sentido Santarém-Cuiabá), nas torres de observação e monitoramento pertencentes ao Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA). As armadilhas foram equipadas com lâmpadas fluorescentes ultravioleta F15 T12 LN, acionadas por baterias de 12 V, ligadas ao anoitecer (18h) e desligadas ao amanhecer do dia seguinte (6h). As mariposas foram coletadas durante o período de dezembro de 2012 a novembro de 2013, totalizando 24 coletas, em duas noites seguidas, uma vez por mês, no período de lua nova. Os seguintes parâmetros de avaliação foram utilizados: riqueza (S), abundância (N), índices de diversidade (H’) e uniformidade (E’) de Shannon e, dominância de Berger-Parker (BP). Os valores obtidos para H’ foram comparados pelo teste “t” entre as UAs. Estimativas de riqueza foram realizadas através de procedimentos não paramétricos, tais como “Bootstrap”, “Chao 1”, “Chao 2”, “Jackknife 1” e “Jackknife 2”. A curva de acumulação de espécies foi realizada para verificar se houve suficiência amostral. O índice de diversidade de Shannon foi de (H’= 3,16) para a todo o período de coleta, (H= 2,71) para UA 1 e (H’= 3,03) para a UA 2. A comparação do H’ pelo teste “t” entre as UAs, mostrou diferença estatística significativa entre eles (t = 2.0831). A uniformidade de Shannon (E’) apresentou (E’= 0,830) para a UA 1, (E’= 0,583) para a UA 2 e (E’= 0,831) para o total. A dominância de Berger-Parker (BP) foi de (BP= 0,275) para a UA 1, (BP= 0,168) para a UA 2 e (BP= 0,143) para o total. Os estimatimadores de riqueza mostram que podem ser capturadas 100 morfoespécies segundo “Chao 1” e 54 segundo “Bootstrap” para o total. Com relação à UA 1, 109 morfoespécies podem ser capturadas segundo “Chao 1” e 31 segundo “Bootstrap” e para a UA 2 o resultado mostra que 55 morfoespécies podem ser capturadas segundo o estimador “Chao 1” e 42 (Bootstrap). Foram coletados 210 espécimes, dos quais 91 na UA 1 e 119 na UA 2, pertencentes a 20 gêneros e 45 morfoespécies. A Subfamília Ceratocampinae apresentou 22 morfoespécies e 156 espécimes seguida da subfamília Hemileucinae com 17 morfoespécies e 53 espécimes. Arsenurinae apresentou 5 morfoespécies e 5 espécimes e Saturninae 1 morfoespécie e 1 espécime. Os gêneros Adeloneivaia e Automeris foram representados por 7 morfoespécies cada. O gênero mais abundante foi Adeloneivaia (58 espécimes). A curva de acumulação de espécie mostrou que, a riqueza de espécies não se estabilizou ressaltando a necessidade de maiores esforços amostrais na UC. O trabalho é o primeiro envolvendo análise faunística da Família Saturniidae em área de dossel na FLONA do Tapajós.