Nessa abordagem foi necessário lançar luz sobre a sustentabilidade da atividade agrícola, como uma prática humana de complexos e intricados aspectos ambientais, econômicos e sociais. Esta tese teve como objetivo geral analisar a agricultura urbana no contexto da segurança alimentar e dos objetivos de desenvolvimento sustentável em três municípios da região metropolitana de Belém. A metodologia adotada, para coleta de dados primários, foi aplicação de questionário em escala Likert com visitas de campo, no período de novembro de 2023 a fevereiro de 2024, concomitante com a técnica de observação participante. A análise de dados foi feita com aplicação análise fatorial multivariada (AFM). A tese foi estruturada em cinco séries: título 1, que trata contextualização da pesquisa; título 2, que aborda agricultura urbana: consumo e produção responsáveis, ODS 12/agenda 2030; título 3, sobre as características sociodemográficas e econômicas dos agricultores urbanos; título 4, que tratou da agricultura urbana e segurança alimentar; e, título 5, que abordou a agricultura urbana e os objetivos desenvolvimento sustentável. No título 2, os principais resultados mostram que a atividade está ligada ao ODS 12 da Agenda 2030/ONU, de consumo e produção responsáveis, gerando benefícios sociais aos produtores, como: melhoria na qualidade de vida, incentivo as relações coletivas dentro dos ambientes de realização dos projetos, produz incluso e empreendedorismo social, além de estimular à cidadania, contribui para segurança alimentar e nutricional, promovendo saúde mental e física, harmonia com a natureza, consciência sobre desenvolvimento sustentável e, ainda promove o conhecimento tradicional, tendo ainda uma função educacional. As características sociodemográficas dos agricultores urbanos explicam
sua vocação para a prática agrícola, pois a maioria dos produtores são originários dos municípios do interior onde seus pais e avós já trabalhavam com agricultura e eles reportam seu aprendizado das práticas tradicionais. Nos três municípios, a prática da atividade agrícola contribui para a segurança alimentar e nutricional apesar dos desafios dos agricultores nos fatores técnico, recursos, econômico, social e ambiental. Os recursos tiveram cinco pontos de maior contribuição: promove harmonia com a natureza; saúde mental e física; estimula à cidadania; È importante ferramenta para inclusão e empreendedorismo social; e, contribui para melhoria na qualidade de vida. Quanto as contribuições para segurança alimentar e nutricional: a atividade oferece segurança alimentar e nutricional; a venda do excedente de produção oportunizou que nenhum membro da família coma menos, para economizar alimentos e, que a produção reduz a preocupação da comida acabar antes que tenha condição de comprar novamente. Noutro ponto, a prática agrícola nas cidades ouvidas, oferece contribuições para o cumprimento de 12 ODS, com destaque para o município de Ananindeua, que se apresentou mais bem assistido nas três esferas de governos, pois os entrevistados reportam os incentivos recebidos como fundantes para a continuidade da produção, principalmente a dinâmica de acesso a prefeitura e as empresas de extenso. Em Marituba os agricultores demonstram sucesso em sua atividade e reportam, parcialmente, existir colaboração de políticas públicas. No entanto, em Belém a realidade apresentada pelo entrevistados É mais divergente, pois os agricultores manifestarem carência de políticas públicas.
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