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Livro
Caderno diálogos interdisciplinares
Os mangueboys da cidade do Recife, na década 1990 edificaram a presente poética no sentido de tentar interpretar os processos de segregação que a cidade embute a partir do modo de produção capitalista. “E a cidade se apresenta como o centro das ambições/[...] No meio da esperteza internacional/A cid...
Autor principal: | ALMEIDA, Rogerio Henrique |
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Grau: | Livro |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/996 |
Resumo: |
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Os mangueboys da cidade do Recife, na década 1990 edificaram a presente poética no sentido de tentar interpretar os processos de segregação que a cidade embute a partir do modo de produção capitalista. “E a cidade se apresenta como o centro das ambições/[...] No meio da esperteza internacional/A cidade até que não está tão mal/E a situação sempre mais ou menos/ Sempre uns com mais e outros com menos”. Sob a inspiração de Josué de Castro e outros “caranguejos com cérebro”, a canção sintetiza os diferentes sujeitos que competem para o controle de e uso de espaços e da terra na cidade, bem como os recursos que lá existem. Deixa evidente a força do capital e das classes mais abastadas na definição de usos dos setores mais nobres da cidade. Os versos escancaram que a conformação socioespacial da cidade é um espelho da distribuição das várias classes sociais, de onde emerge a face robusta da segregação desprovida de maquiagem. O mercado, o conjunto residencial de luxo, a casa de madeira, a via sem esgotamento sanitário, os prédios oficiais, os espaços dedicados a serviços, o urubu a bulir no lixo, o controle pelo uso da água e o precário serviço de transporte coletivo materializam as diferenças de classes. |