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Artigo
Igreja e território, entre o tempo, o espaço e os conflitos: discursos e práticas sobre Belo Monte
A implantação do complexo de Belo Monte suscitou manifestações de ordem favoráveis e contrárias ao projeto de desenvolvimento na Amazônia. Vários setores e atores ligados à sociedade civil e governamental se envolveram na formulação de estratégias que permitiram discutir: os modelos de desenvolvi...
Autor principal: | MIRANDA, Tânia Nazarena de Oliveira |
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Grau: | Artigo |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Pará
2021
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13055 |
Resumo: |
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A implantação do complexo de Belo Monte suscitou manifestações de ordem favoráveis e contrárias
ao projeto de desenvolvimento na Amazônia. Vários setores e atores ligados à sociedade civil e
governamental se envolveram na formulação de estratégias que permitiram discutir: os modelos de
desenvolvimento, as questões ambientais, as alternativas e posturas que resultam em várias
manifestações envolvendo o campo e a cidade, com repercussão em nível nacional e internacional. O
presente texto apresenta o contexto das contradições referentes às concepções sobre a construção da
hidrelétrica de Belo Monte. As questões pertinentes sobre território, identidade, realidade,
desenvolvimento e progresso – as quais pontuam os governos, os consórcios, os movimentos sociais e
a Igreja Católica – suscitam ampla discussão na sociedade brasileira. Os dados utilizados foram
obtidos no levantamento de campo realizado em Altamira entre os agentes de pastorais, comunidade
local, Movimento Xingu Vivo para Sempre e lideranças da Prelazia do Xingu. Foram tratados segundo
a metodologia qualitativa e quantitativa utilizando a técnica de pesquisa do discurso do sujeito
coletivo. À época observou-se a estreita relação da Igreja com movimentos e grupos, que encamparam
a luta na região do Xingu. Identificou-se também que não é o todo da Igreja do Xingu que compartilha
a resistência ao desenvolvimento e progresso que o estado e consórcio idealizam. Demonstra que há
divergências e mudanças internas, na Igreja Católica e nos Movimentos Sociais, e na atual conjuntura
as divergências e separações estão em pleno vigor. |