A universidade vem sofrendo mudanças e adaptações constantes com relação ao processo de ensino e pesquisa, ao longo da sua história. Tais mudanças e adaptações talvez sejam ocasionadas pela urgência/emergência de um diálogo sócio-cognitivo estabelecido pela ciência a partir da sua integração com os contextos sociais, culturais e políticos da sociedade planetária. Desse movimento de mutação paradigmática pelo qual a ciência passa, resulta na transformação da educação. É necessário, entretanto, refletirmos sobre essas transformações tomando como referência o caráter investigatório implícito no ensino. Para tanto, elegemos a licenciatura em matemática como foco de nossa discussão, pois não é possível conceber a formação do professor de matemática, no contexto universitário, desvinculada de um espírito investigador que articule os conhecimentos discutidos na formação licenciada, com as condições humanas na qual nos inserimos no planeta. Nesse sentido, acreditamos que o ensino de matemática em contexto universitário deve centrar-se em três grandes aspectos: a sociedade, a cultura e o processo cognitivo gerado pelos e nos dois primeiros, no qual se inclui a matemática produzida. É necessário, entretanto, que os professores das licenciaturas desenvolvam estratégias didáticas que estimulem o espirito investigador dos liscenciandos, subsidiando a formação de um professor pesquisador que faça da sua prática docente um constante ir e vir na busca de soluções para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
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