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Dissertação
Estoicismo imperial e estética da existência em a Hermenêutica do sujeito, de Michel Foucault
Em seus últimos estudos, Michel Foucault (1926-1984) se debruçou sobre a questão do cuidado de si, retornando à Antiguidade Clássica para (re)pensar a ética moderna nos termos de uma ontologia crítica do momento presente. Foucault nos revela que o processo de subjetivação do indivíduo clássico...
Autor principal: | SAMPAIO, Ronald Valentim Gomes |
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Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Pará
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15761 |
Resumo: |
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Em seus últimos estudos, Michel Foucault (1926-1984) se debruçou sobre a questão do cuidado
de si, retornando à Antiguidade Clássica para (re)pensar a ética moderna nos termos de uma
ontologia crítica do momento presente. Foucault nos revela que o processo de subjetivação do
indivíduo clássico, na tomada de uma posição ética, caminha na direção de uma estética da
vida. Os fundamentos para essa assertiva serão encontrados na leitura e interpretação atenta dos
filósofos antigos, sobretudo das principais obras de Sêneca (Séc. I d. C), Epiteto (Séc. I d. C)
e Marco Aurélio (Séc. II d. C), conhecidos como filósofos do estoicismo romano imperial,
encarando-as como dotadas de função “etopoiética”, isto é, função transformadora do sujeito
que as examina. Não obstante ter tratado das práticas éticas dos antigos em outros trabalhos
(livros, entrevistas e conferências), é em A Hermenêutica do sujeito (1981-1982) que Foucault
apresenta, passo a passo, todo o labor da filosofia antiga, a partir da identificação das “práticas
de si”, “técnicas da existência” e “cuidado de si”, na elaboração de um modo de vida pautado
em escolhas pessoais capazes de engendrar um estilo de vida como “obra de arte”. Assim, a
ética que Foucault extrai dos antigos é uma verdadeira estética da existência, uma liberdade
possível no fazer-se existir. |