Tese

Travessia: Do íntimo ao político: A memória como agente de resistência na produção de livro de artista

Esta tese memorial-poética investiga o atravessamento de fronteiras geoartísticas, compreendendo tanto deslocamentos físicos de Paris para Belém, quanto deslocamentos simbólicos das narrativas íntimas às políticas, a partir de uma abordagem autoetnográfica. A pesquisa articula memória, saudade, pais...

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Autor principal: GIUSTI, DESIREE COSTA
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Pará 2025
Assuntos:
Acesso em linha: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17253
Resumo:
Esta tese memorial-poética investiga o atravessamento de fronteiras geoartísticas, compreendendo tanto deslocamentos físicos de Paris para Belém, quanto deslocamentos simbólicos das narrativas íntimas às políticas, a partir de uma abordagem autoetnográfica. A pesquisa articula memória, saudade, paisagem e fotografia na construção de um livro de artista, no qual a materialidade do suporte se torna um campo expandido para experimentações poéticas e visuais. O diálogo entre o fazer artístico e a reflexão teórica se estabelece por meio de autores como Susan Sontag, que discute a fotografia como escrita do tempo, Orlando Maneschy, que pesquisa e produz arte contemporânea na Amazônia, Paes Loureiro, que reflete sobre a estética amazônica e a memória cultural, Elaine Arruda, que explora o livro de artista como campo de experimentação, e Monique Malcher, cuja escrita atravessa territórios afetivos e políticos da Amazônia. A esquisa também dialoga com a obra de François Soulages, que trata das fronteiras geoartísticas. O conceito de livro de artista é explorado em sua potência narrativa e visual, inserindo-se na tradição de obras que ressignificam o objeto livro enquanto suporte de memória e experimentação estética.