A hansen?ase faz parte das doen?as prevalentes no Estado do Par?. As antigas Col?nia do Prata, em Igarap?-A?u, e
Col?nia Marituba, na regi?o metropolitana de Bel?m, ambas no Par?, onde eram hospedados pacientes portadores
do mal de Hansen, retratam uma realidade hist?rica da ?poca em que os pacientes eram segregados e separados
das respectivas fam?lias em fun??o do cont?gio a que estavam expostas. O advento do tratamento multidroga
ou poliquimioter?pico, no Brasil na d?cada de 1980, mudou consideravelmente o quadro da endemia no Pa?s,
com uma redu??o acentuada da preval?ncia da doen?a; embora o aparecimento de casos novos n?o apresente
redu??o significativa nos pa?ses end?micos, ainda assim, o quadro epidemiol?gico sofreu mudan?as substanciais
nos ?ltimos 20 anos. O Instituto Evandro Chagas (IEC), ?rg?o de pesquisa da Secretaria de Vigil?ncia em Sa?de,
Minist?rio da Sa?de, iniciou estudos epidemiol?gicos e realizou atividades de vigil?ncia em sa?de p?blica referentes
? hansen?ase na d?cada de 1990, mais precisamente, em 1998, quando aplicou um m?todo laboratorial simples,
denominado ML Dipstick, o qual pesquisa anticorpos da classe IgM contra o glicolip?deo fen?lico-I (PGL-I), um
ant?geno de parede celular espec?fico do Mycobacterium leprae, em cinco munic?pios end?micos para hansen?ase
no Estado do Par?. Este estudo de revis?o tem como objetivo descrever a trajet?ria do desenvolvimento do
Programa de Hansen?ase no IEC, bem como avan?os e perspectivas futuras, relevantes no contexto da endemia
hans?nica no Par?.
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