Dissertação

Caracteriza??o antig?nica e gen?tica de cepas do v?rus da raiva, circulantes no estado do Par?, no per?odo de 2010 a 2017

A raiva ? uma doen?a de car?ter antropozoon?tico, de distribui??o cosmopolita, causada pelo Rabies lyssavirus. A identifica??o das variantes virais possibilita associar variante viral e hospedeiro auxiliando na compreens?o do ciclo de manuten??o do v?rus da raiva em determinadas ?reas geogr?ficas. A...

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Autor principal: Freitas, Taiana Andrade
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas 2019
Assuntos:
Acesso em linha: http://patua.iec.gov.br//handle/iec/3726
Resumo:
A raiva ? uma doen?a de car?ter antropozoon?tico, de distribui??o cosmopolita, causada pelo Rabies lyssavirus. A identifica??o das variantes virais possibilita associar variante viral e hospedeiro auxiliando na compreens?o do ciclo de manuten??o do v?rus da raiva em determinadas ?reas geogr?ficas. A caracteriza??o antig?nica e gen?tica possibilita o entendimento dos m?ltiplos ciclos epidemiol?gicos e o potencial de transmiss?o interesp?cies, ou seja, identificar e conhecer as variantes antig?nicas do RABV possibilitam o reconhecimento de quest?es associadas a transmiss?o, estrat?gias e elabora??o de medidas de controle e preven??o do RABV. O objetivo do trabalho foi caracterizar antig?nica e geneticamente cepas do v?rus da raiva isoladas no Laborat?rio de Diagn?stico de raiva do Instituto Evandro Chagas (IEC), de amostras procedentes do Estado do Par?, no per?odo de 2010 a 2017. De acordo com o banco de dados do laborat?rio, entre os anos de 2010 e 2017 foram diagnosticadas como positivas pelas provas de IFD e PB, 73 amostras provenientes do Estado do Par?. Estes isolados foram caracterizados antigenicamente pelo painel de anticorpos monoclonais cedido pelo CDC/OPAS, e caracterizados geneticamente segundo a metodologia adaptada de Barbosa (2007). Das 73 amostras positivas no per?odo, 65,75% eram bovinos, 17,81% equinos, 8,22% caninos, 6,85% quir?pteros e 1,37% felino. Das amostras positivas no per?odo, 58 de 73 foram submetidas ? caracteriza??o antig?nica, das quais 91,38% (53/58) foram compat?veis com algum padr?o de leitura do painel de AcM. Das cepas virais isoladas de enc?falos de bovinos, 93,94% (31/33) mostraram-se compat?veis com o padr?o de leitura da VAg3 e 6,06% (2/33) n?o corresponderam a nenhum padr?o de leitura. Para as amostras de equinos, 84,62% (11/13) foram compat?veis com a VAg3 e 15,38% (2/13) n?o corresponderam a nenhum padr?o de leitura. Das amostras de enc?falos caninos, 100% (6/6) foram compat?veis com VAg2 e, a ?nica amostra positiva de felino correspondeu a VAg2. Das cepas virais isoladas de enc?falos de quir?pteros, 80% (4/5) corresponderam a VAg3. Das 58 amostras que foram submetidas a caracteriza??o antig?nica, cinco apresentaram perfil de leitura n?o compat?vel com o painel de anticorpos monoclonais e outras 15, do ano de 2017, n?o foram submetidas ? IFI, sendo submetidas somente ao sequenciamento parcial do gene N. De acordo com a an?lise filogen?tica, todas as amostras sequenciadas foram agrupadas no grupo da VAg3, relacionada ao morcego hemat?fago Desmodus rotundus, onde, a maioria das amostras se relaciona com amostras caracterizadas em estudos anteriores realizados no Estado Par?. A caracteriza??o antig?nica e gen?tica do RABV de amostras do Estado do Par?, entre os anos de 2010 e 2017, permitiu concluir que a distribui??o temporal demonstra que houve um aumento do n?mero de casos no ano de 2015, decaindo no ano de 2016, para ent?o aumentar novamente em 2017, sugerindo poss?veis falhas nas a??es de controle e preven??o. A associa??o das t?cnicas de caracteriza??o antig?nica e gen?tica possibilitou uma melhor compreens?o da epidemiologia molecular do v?rus da raiva no Estado do Par?.