Tese

Estudo molecular de gen?tipos n?o usuais de rotav?rus A em crian?as com gastrenterite aguda da Regi?o Metropolitana de Bel?m, Par?-Brasil (2008 a 2011)

A epidemiologia da infec??o por rotav?rus A (RVA) ? um fen?meno implexo e sujeito a varia??o em virtude da sua ampla diversidade gen?tica. Apesar das particularidades genot?picas, os gen?tipos mais prevalentes globalmente s?o: G1P[8], G2P[4], G3P[8], G4P[8], G9P[8] e G12P[8]. No Brasil, os gen?tipos...

ver descrição completa

Autor principal: Bezerra, Delana Andreza Melo
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas 2019
Assuntos:
Acesso em linha: http://patua.iec.gov.br//handle/iec/3730
Resumo:
A epidemiologia da infec??o por rotav?rus A (RVA) ? um fen?meno implexo e sujeito a varia??o em virtude da sua ampla diversidade gen?tica. Apesar das particularidades genot?picas, os gen?tipos mais prevalentes globalmente s?o: G1P[8], G2P[4], G3P[8], G4P[8], G9P[8] e G12P[8]. No Brasil, os gen?tipos n?o usuais s?o representados por gen?tipos que diferem dos seis tipos mais prevalentes encontrados globalmente. O estudo objetivou analisar os genes dos gen?tipos n?o usuais de rotav?rus A circulantes em crian?as com gastrenterite aguda na regi?o metropolitana de B?lem, Par?, no per?odo de 2008 a 2011. As amostras foram submetidas a amplifica??o gen?mica e ao sequenciamento de nucleot?deos. As amostras que foram classificadas como n?o usuais foram selecionadas para a determina??o da constela??o genot?pica, assim como para an?lises filogen?ticas e evolutivas. Das 122 amostras previamente n?o tipadas, foi poss?vel obter a combina??o genot?pica em 106 (86,9%), sendo que foram classificadas como usuais: G1P[8] (n=18), G2P[4] (n=11), G3P[8] (n=1) e G12P[8] (n=6) e como n?o usuais: G3P[9] (n=1), G12P[6] (n=58) e G12P[9] (n=4). Infec??es por m?ltiplos gen?tipos tamb?m foram detectadas. O gen?tipo G3P[9] apresentou a constela??o G3P[9]-I18-R3-C3-Mx-A19-N3-T3-E3-H6. A filogenia mostrou uma estreita rela??o entre os genes VP7, VP1, NSP3, NSP4 e NSP5 com genes de origem animal, tais como quir?ptero, alpaca, equino e s?mio. Al?m disso, os genes de VP6 e NSP1 pertencem aos novos gen?tipos I18 e A19, respectivamente. De um total de trinta amostras G12P[6] analisadas, 16 exibiram a constela??o genot?pica Wa-like (G12P[6]/Wa), 13 exibiram DS-1-like (G12P[6]/DS-1) e uma Wa x DS-1-like (G12P[6]/Wa x DS-1). Os resultados sugerem que as amostras G12P[6]/Wa e G12P [6]/DS-1 do Brasil foram distintas evolutivamente em seus genes VP7 e VP4. A an?lise bayesiana do gene VP6 indicou que as cepas G12P[6]/Wa foram relacionados ao gen?tipo G1P[8], enquanto que as cepas G12P[6]/DS-1 foram relacionadas com G2P[4]. As quatro amostras G12P[9] foram classificadas na constela??o AU-1-like (G12-P[9]-I3-R3-C3-M3-A3-N3-T3-E3-H6). Os genes dessas amostras foram relacionados com a amostra 18974/Brasil, sendo o gene NSP1 relacionado ? origem bovina. O ancestral comum mais recente do gene VP7 do gen?tipo mais prevalente (G12) foi datado em 1998, com taxas de evolu??o estimada em 2,5 ? 10-3 substitui??es por s?tio, por ano. O estudo refor?a a import?ncia dos gen?tipos n?o usuais e o papel dos animais na ecologia e evolu??o do RVA, al?m de fornecer dados evolutivos do gen?tipo G12. A emerg?ncia destas cepas n?o usuais pode, eventualmente, interferir com a efic?cia da vacina de RVA, o que destaca a import?ncia do monitoramento cont?nuo e prolongado, bem como a necessidade de estudos adicionais para melhor determinar a origem e evolu??o deste agente.