Dissertação

S?filis cong?nita: s?rie hist?rica de uma d?cada dos casos registrados em hospital de refer?ncia para gesta??o de risco, no estado do Par?

A s?filis ? causada pela bact?ria Treponema pallidum, caracterizada por infec??o sist?mica que, se presente na gestante pode determinar a s?filis cong?nita e, consequentemente, comprometer gravemente o concepto; este estudo objetiva conhecer os aspectos cl?nicos, laboratoriais e epidemiol?gicos da s...

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Autor principal: Brabo, Adrielle do Socorro Santos
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas 2021
Assuntos:
Acesso em linha: http://patua.iec.gov.br//handle/iec/4407
Resumo:
A s?filis ? causada pela bact?ria Treponema pallidum, caracterizada por infec??o sist?mica que, se presente na gestante pode determinar a s?filis cong?nita e, consequentemente, comprometer gravemente o concepto; este estudo objetiva conhecer os aspectos cl?nicos, laboratoriais e epidemiol?gicos da s?filis cong?nita no per?odo de 2008 a 2017, em uma maternidade de refer?ncia para gesta??o de risco no Estado do Par?. Estudo epidemiol?gico, descritivo, transversal, documental e retrospectivo com dados obtidos em prontu?rios de rec?m-nascidos diagnosticados com s?filis cong?nita na ?ltima d?cada (2008 a 2017), com an?lise de vari?veis relacionadas ao bin?mio m?e-filho. Dos 1004 prontu?rios analisados, houve predom?nio da faixa et?ria de 15 a 20 anos (36,9%), seguida da idade entre 21 a 25 anos (29,7%) e nove casos de m?es menores de 15 anos; 66,7% apresentavam ensino fundamental incompleto. Cerca de 1/3 (37,5%) eram solteiras; 74,2% eram donas de casa. A maioria (79,9%) realizou pr?-natal; e em mais da metade (63,6%), o n?mero de consultas foi inferior a seis. O diagn?stico de s?filis na gesta??o, em 66,1% dos casos, ocorreu somente no momento do parto. O tratamento, durante o per?odo gestacional, em 95,9% foi realizado com penicilina G benzatina, com doses entre 2.400.000UI a 7.200.000UI. Dentre os rec?m- nascidos, a maioria (72,4%) apresentou VDRL reagente no sangue, e somente, cerca de 1/3 (35,3%) realizou a pesquisa de VDRL no LCR; destes, apenas 2 (0,6%) apresentaram VDRL reagente no LCR. O exame radiol?gico foi realizado em 551 (54,9%) crian?as; destas 62 (11,3%) apresentaram altera??es. Mais de 90% eram assintom?ticos; dentre os que apresentaram sintomatologia, a icter?cia ocorreu em 47 (61,0%) casos. O tratamento em 63,6% dos rec?m-nascidos foi realizado com v?rios esquemas de penicilina; destes 607 (95,1%) foram tratados com penicilina G cristalina por 10 ou mais dias. No per?odo estudado a taxa de incid?ncia de s?filis cong?nita na maternidade reduziu 34,4%, mas o n?mero absoluto aumentou de 66 casos em 2008 para 83 no ano de 2017. O coeficiente de mortalidade por s?filis cong?nita variou ao longo dos anos, com maior coeficiente observado no ano de 2009, de 0,8/1000 nascidos vivos. Apesar das mulheres terem tido boa ades?o ao pr?-natal, parece que este n?o teve adequada qualidade, a julgar pelo inferior n?mero de consultas realizadas em oposi??o ao preconizado pelo Minist?rio da Sa?de do Brasil, o que pode ter dificultado o rastreamento (VDRL) para s?filis nas consultas durante a gesta??o. Vari?veis epidemiol?gicas com aus?ncia de informa??es (sub-registros) constitu?ram limita??es na interpreta??o dos dados para s?filis materna. O aumento do n?mero de casos de s?filis cong?nita sugere a necessidade de direcionamento das estrat?gias de abordagem para esse problema de sa?de p?blica nos cuidados dispensados durante o pr?-natal.