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Artigo
Dinâmica da regeneração natural de árvores em áreas mineradas na Amazônia.
A restauração florestal das áreas mineradas tornou-se uma condicionante indispensável no licenciamento das minas. A restauração da paisagem florestal em áreas lavradas a céu aberto é feita através do reflorestamento heterogêneo com espécies regionais, visando a enriquecer a composição florística e...
Autor principal: | Salomão, Rafael de Paiva |
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Outros Autores: | Rosa, Nelson de Araújo, Morais, Kácio Andrey Câmara |
Grau: | Artigo |
Idioma: | Portuguese |
Publicado em: |
Museu Paraense Emilio Goeldi
2010
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/219 |
Resumo: |
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A restauração florestal das áreas mineradas tornou-se uma condicionante indispensável no licenciamento das minas. A
restauração da paisagem florestal em áreas lavradas a céu aberto é feita através do reflorestamento heterogêneo com espécies
regionais, visando a enriquecer a composição florística e acelerar a cobertura do solo, aliado à prática de incorporação de
solo superficial que facilita/induz a regeneração e a sucessão natural. Os objetivos deste trabalho foram analisar a dinâmica
e a estrutura da regeneração natural de arbóreas, identificar os tipos e os agentes de dispersão dos propágulos, elaborar
uma matriz dos indicadores da dinâmica dessa regeneração natural e ranquear as áreas anuais de restauração florestal da
Mineração Rio do Norte, Flona Saracá-Taqüera/IBAMA, Porto Trombetas, Pará. O estudo toma como base os resultados de
26 parcelas permanentes, abrangendo um período de quatro anos de monitoramento (2001 a 2005) nas áreas restauradas
pela empresa entre 1981 e 1987; 1992 e 1996. Todos os indivíduos arbóreos com mais de 1,5 m de altura total foram
qualificados e registrados na amostragem. Sobre a regeneração das espécies arbóreas, concluiu-se que: (i) apresenta maior
número de espécies nas áreas jovens (entre 9 e 13 anos) do que as mais maduras (entre 18 e 24 anos de idade); (ii) as áreas
mais antigas apresentam maior incremento anual do número de espécies; (iii) a abundância (ind/ha) tende a ser maior nas
áreas mais jovens; (iv) o recrutamento, a ser bem mais intenso na áreas maduras do que nas jovens; (vi) a mortalidade anual
nas áreas jovens é maior do que naquelas maduras; (vii) a taxa anual de renovação (turnover) é bem mais intensa nas áreas
maduras; (viii) o tempo de substituição (turnover time) é mais extenso nas áreas jovens; (ix) o diâmetro médio manteve-se
praticamente constante no período analisado; (x) o incremento anual da área basal é maior nas áreas maduras do que nas
áreas jovens; (xi) a altura total média é maior nas áreas jovens do que nas áreas maduras; (xii) várias espécies arbóreas são
dispersas por mais de um agente e mais de 80% das espécies arbóreas monitoradas são dispersas pela fauna, que exerce um
papel fundamental na sucessão ecológica; (xiii) a área anual de 1992 foi ranqueada como a de melhor restauração florestal e,
no extremo oposto, com maiores problemas, tem-se a área de 1987; (xiv) deve-se investir em pesquisas sobre o manejo do
solo superficial em áreas fortemente impactadas pela atividade humana, objetivando a restauração florestal de maior riqueza,
abundância e crescimento das espécies arbóreas; (xv) práticas silviculturais e de preparo do solo devem ser também objeto
de pesquisa visando à otimização do paradigma da restauração florestal: a maximização da biodiversidade e da biomassa
vegetal de árvores, sobretudo daquelas regionais de rápido crescimento e adaptadas a esses ambientes. |