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Artigo
Coletores-pescadores ceramistas do litoral do Salgado (Pará). Nota Preliminar.
Análise do material coletado nas escavações e prospecções de 43 sambaquis cerâmicos do litoral do Pará (Zona do Salgado) permitiu o reconhecimento de uma fase arqueológica de ampla distribuição geográfica e persistência temporal - a fase Mina. Por outro lado, a classificação taxionômica dos resíduos...
Autor principal: | Simões, Mário Ferreira |
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Grau: | Artigo |
Idioma: | Portuguese |
Publicado em: |
Museu Paraense Emílio Goeldi
2010
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/223 |
Resumo: |
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Análise do material coletado nas escavações e prospecções de 43 sambaquis cerâmicos do litoral do Pará (Zona do Salgado) permitiu o reconhecimento de uma fase arqueológica de ampla distribuição geográfica e persistência temporal - a fase Mina. Por outro lado, a classificação taxionômica dos resíduos de alimentação resultou em um levantamento aproximado das espécies zoológicas consumidas por esses grupos sambaquieiros, consistindo, basicamente, de moluscos, crustáceos e peixes, ou seja, uma substância típica de coletores-pescadores litorâneos. Amostras de carvão de fogueiras forneceram diversas datações por C14 que variam de 3.000 a 1600 anos a.C., o que importa ser a fase Mina a mais antiga cultura ceramista ja registrada no Brasil e uma das mais recuadas na América. Semelhanças nos padrões de assentamento, subsistência e cerâmica entre a fase Mina e uma outra do baixo Amazonas - fase Castália -, sugerem que ambas representam uma antiga tradição ceramista regional - a tradição Mina -, à qual se relacionam ainda a fase Alaka (Guiana), os sambaquis litorâneos do Maranhão e, possivelmente a fase e tradição Periperi, do Recôncavo Baiano. A tradição Mina parece representar o segmento nordeste da ocupação do litoral sul-americano, entre o 6º e 4º milênios antes do presente, por grupos ceramistas adaptados aos recursos do mar. |