Este trabalho explora as afinidades biológicas entre 25 séries de esqueletos de populações indígenas sul-americanas, através da aplicação de Análise de Componentes Principais sobre oito variáveis craniométricas. Diferentemente dos trabalhos atéo momento realizados sobre a ocupação da América do Sul, que acabam sempre explicando o padrão de afinidades biológicas entre as populações pré-coloniais do sub-continente através de modelos puramente imigracionistas, neste trabalho é apresentado, também, uma argumentação adaptacionista. Para tanto, partiu-se do princípio de que a morfologia humana responde rapidamente a fatores ambientais (naturais e/ou culturais) e que, pelo menos parcialmente, as afinidades biológicas constatadas podem refletir convergência evolutiva ou plástica a climas ou estilos de vidas semelhantes. Nesse sentido, o artigo termina com uma posição pessimista sobre apossibilidade de se reconstruir história continental com base em marcadores antropométricos.
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