As Redes de Sensores sem Fio (RSSF) são redes formadas por diversos dispositivos (sensores)
com capacidade de comunicação e percepção que podem medir diversos parâmetros físicos
em um ambiente, sendo que o poder das redes reside na habilidade de agregar um grande
número de pequenos sensores que se organizam e se configuram independentemente, sendo
de extrema importância para o controle e monitoramento de eventos recorrentes na região
como desmatamentos, emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e desastres naturais. Com isto,
este trabalho apresenta uma avaliação de desempenho em cenários de elevada e baixa taxa de
transferência de dados para RSSF, realizando um estudo de caso na região paraense. A partir de
cenários de simulação com padrões de transmissão sem fio, IEEE 802.11a e IEEE 802.11b; foram
testados os três protocolos de roteamento mais utilizados em RSSF, AODV, DSDV, OLSR; e
também uma configuração sem protocolo de roteamento; acerca da organização dos nós sensores,
optou-se por duas topologias afim de observar situações onde o controle do posicionamento
dos nós seria ou não possíveis, foram elas: distribuição em grade para situações urbanas e
também industriais; distribuição aleatória para situações de monitoramento florestal, aquático
e agrícola. Os resultados apresentados mostraram que o padrão IEEE 802.11a demonstrou um
desempenho significativamente melhor que o padrão IEEE 802.11b obtendo valores menores de
atrasos; o protocolo de roteamento DSDV demonstrou desempenho estável tanto nos cenários
de elevada transferência quando de baixa transferência; nos cenários de alta transferência,
todas as configurações tiveram taxas médias de 92,55 Kbps (Kilobit por segundo) de vazão,
já nos cenários de baixa transferência obtiveram taxas de 6,72 Kbps (Kilobit por segundo); a
mudança de protocolo de roteamento neste cenário não trouxe resultados expressivos, todos
protocolos mantiveram desempenho semelhante. Dessa forma, os resultados alcançados criam a
possibilidade para o amadurecimento das atuais simulações em trabalhos futuros, permitindo a
reconfiguração dos parâmetros, novas simulações e cenários levando em conta outros fatores.
Acredita-se que as simulações aqui realizadas podem auxiliar no estudo de implantação RSSF
reais para região nordeste paraense.
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