No trecho do Baixo Tocantins situa-se o reservatório da UHE Tucuruí, o segundo maior das hidrelétricas brasileiras, localizado a 300 km de Belém. Com objetivo de determinar a abundância e distribuição espaço temporal da comunidade zooplanctônica, com ênfase em cladóceros e rotíferos, nessa área, foi realizada coleta destes organismos, por meio de arrasto horizontal na superfície da coluna d’água, com rede de plâncton (60 μm), sendo estabelecidas quatro estações georreferenciadas, durante os meses julho e setembro de 2010, abrangendo o período seco. A análise dos organismos foi determinada a partir de subamostras de 10 ml de cada estação de coleta, sendo realizada a triagem e contagem dos organismos. A identificação taxonômica foi feita ao menor nível taxonômico, sempre que possível, utilizando-se a literatura pertinente. Os parâmetros ambientais (Temperatura, pH, oxigênio dissolvido e condutividade) foram coletados “in situ” por meio dos aparelhos portáteis. Os dados biológicos foram inicialmente tratados quanto à frequência de ocorrência e densidade, sendo posteriormente aplicados índices de diversidade e equitabilidade, análise de agrupamento e correlação de Simper. Observou-se grande diversidade de organismos na comunidade zooplanctônica (rotíferos e cladóceros) ao longo das estações de coleta, durante os dois períodos, no que diz respeiro a densidade, diversidade e equitabilidade. Essa variação pode ocorrer em função dos diferentes ambientes que se formam dentro do grande ecossistema que constitui o reservatório da UHE de Tucuruí, seja pelas variações na morfometria, no enriquecimento artificial, pelo tempo de formação do lago ou ainda, pela variação no fluxo de água, devido a sazonalidade.
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