Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação

Dança da ciramba, ludicidade e resistência: a brincadeira de roda das crianças do Quilombo de Mocambo, Ourém -PA

O estudo que ora apresentamos foi realizado na comunidade quilombola de Mocambo, no município de Ourém -PA. Teve por objetivo dar visibilidade as crianças e suas práticas culturais, dançantes e lúdicas, vivenciadas na sua cotidianidade por meio da brincadeira de roda, conhecida como ciramba. A pe...

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Autor principal: SANTOS, Marinalva Costa dos
Grau: Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação
Publicado em: 2024
Assuntos:
Acesso em linha: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/6896
Resumo:
O estudo que ora apresentamos foi realizado na comunidade quilombola de Mocambo, no município de Ourém -PA. Teve por objetivo dar visibilidade as crianças e suas práticas culturais, dançantes e lúdicas, vivenciadas na sua cotidianidade por meio da brincadeira de roda, conhecida como ciramba. A pesquisa foi realizada através da abordagem qualitativa com foco na pesquisa-ação, tendo como instrumento de pesquisa, a observação, as conversas informais e oficinas de musicalização e corporeidade. O estudo desenvolveu-se com 22 crianças na faixa etária de 3 a 13 anos, ávidos a compartilhar as culturas desse território quilombola, além da colaboração de 15 velhos, que com suas narrativas sobre histórias e vivências no quilombo, nos ajudam na compreensão de nosso objeto de pesquisa. O aporte teórico da investigação pautouse nos estudos de Salles (2005) que trata da constituição dos quilombos na Amazônia, Souza (2012) que destaca a história e a identidade dos povos dos quilombos, Baena (2014), que mostra como os povos escravizados foram distribuídos no Pará, Ramos (2007), que discorre sobre o folclore negro no Brasil, Andrade (2012, 2013) com os estudos da ludicidade, entre outros que corroboram para a compreensão da brincadeira de roda ciramba. Os resultados do estudo mostraram que as crianças do quilombo do Mocambo, Ourém-PA participam ativamente da manifestação cultural da ciramba, associando a ela os brincares, uma corporeidade ancestral, uma linguagem própria com expressões advindas da cultura do lugar, ressignificando assim as culturas infantis.