A aplicação de metodologias que avaliem as Indicações Geográficas (IGs) são essenciais para traçar um panorama sobre seu desempenho, evidenciando aspectos positivos e negativos de sua operacionalização, custos e benefícios, além de outros. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi avaliar os indicadores de operacionalização da Indicação de Procedência (IP) Novo Remanso, cujo produto registrado e protegido é o abacaxi da variedade Turiaçu. Como procedimentos metodológicos, é um estudo de caso, com uma abordagem qualitativa e exploratória. Como instrumento de pesquisa, utilizou-se a metodologia do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), ano (2020), que avaliou doze indicadores, abrangendo aspectos como legislação, mercado, promoção, turismo e parcerias institucionais. Os resultados apontam avanços na legislação, porém desafios operacionais, especialmente na exportação para mercados internacionais, evidenciando barreiras documentais. A implementação do selo da IP e a prevenção da usurpação do nome geográfico emergiram como desafios atuais, com a necessidade de maior apoio governamental, investimentos em qualificação e tecnologia. O potencial turístico sustentável foi identificado, com propostas para desenvolver o ecoturismo na região. A importância de parcerias com instituições governamentais, destacando o papel do SEBRAE e a necessidade de capacitação e infraestrutura logística eficiente para escoamento da produção. O resgate da história local e a iniciativa de Slow Food para o abacaxi representam estratégias inovadoras. Por fim, o estudo revelou um panorama complexo e desafiador na implementação da Indicação de Procedência centrada na produção de abacaxi na região. Essas análises contribuem para a compreensão holística da operacionalização da IG, proporcionando percepções valiosas para aprimoramentos futuros e estudos similares.
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