O avanço das atividades humanas pelo mundo aumenta com as alterações no uso e cobertura de solo, causando alterações no ecossistema e na distribuição de espécies. Os bioindicadores ambientais são essenciais para informar a magnitude do impacto em um determinado ecossistema. As informações sobre o uso e ocupação do solo podem ser obtidas e monitoradas através do geoprocessamento, permitindo o mapeamento da intensidade das ações naturais e provocadas pelo homem. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a distribuição geográfica da onça-parda (Puma concolor) no Brasil e sua relação com o uso e cobertura de solo. Os registros de onça parda (Puma concolor) foram gerados a partir de um conjunto de dados on-line, uma das bases utilizadas foi do projeto OIAA ONÇA, os dados foram analisados através do programa estatístico RStudio e para comparar os registros de onças ao longo dos anos entre as regiões do Brasil, também foram criados modelos lineares generalizados (GLM), para compreender a distribuição espacial de avistamentos de onças, foi elaborado o mapeamento através dos registros obtidos. Mediante as análises, as onças pardas estão presentes em todas as regiões do Brasil, e por meio do compartilhamento de informação através das mídias foi possível averiguar isso, totalizando 460 avistamentos, resgates ou atropelamentos dos anos de 2016 a 2021 e que há uma variação na presença em diferentes tipos de uso e cobertura do solo no Brasil, sendo as áreas não vegetadas as mais habitadas. É importante compreender essas variações de habitats, para desenvolver estratégias de conservação eficazes que visem garantir a sobrevivência contínua das onças pardas em meio a um cenário em constante mudança visto que áreas não vegetadas põe em risco a sobrevivência de sua espécie.
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