O objetivo desta pesquisa foi descrever as características antropométricas, de potência muscular e cinemáticos de atletas cegos e seus respectivos guias de provas de 100m rasos. Participaram deste estudo seis atletas do sexo masculino, sendo três com deficiência visual possuintes de classificação T11 e T12 e três sem deficiência visual participantes das provas de pistas de 100 metros rasos a nível nacional e internacional. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e apresentados em tabelas e gráficos. Nas considerações finais os resultados observados neste estudo trazem informações que levam a destacar pontos importantes acerca das diferenças de velocidade e aceleração com as possíveis influências dos fatores antropométricos e atributos físicos entre velocistas paralímpicos com deficiência visual e seus respectivos guias. Nesse sentido, as diferenças antropométricas intrínsecas entre as duplas não demonstraram grandes variações. Porém, essas pequenas diferenças foram maiores para os atletas guias de forma geral. Já em relação a potência de membros inferiores, os resultados deste estudo levantaram suposições de que as diferenças de potência de membros inferiores superiores a 10% em prol do atleta cego pode ser um fator preponderante para piores desempenhos de prova. Os achados deste estudo demonstram a necessidade de identificar de uma forma mais minuciosa os limites aceitáveis das diferenças e ainda os momentos em que estas diferenças podem comprometer mais intensamente o resultado da prova. A pequena gama de estudos envolvendo comportamento cinemático e atributos físicos em velocistas com deficiência visual e seus respectivos guias, quando associados os melhores tempos alcançados em prova entre as duplas e ter como base as zonas de diferenças e tempo de alcance do PmáxV, manutenção dos níveis de aceleração e velocidade em prol do atleta em competição real, não temos como referências para comparar nossos resultados. Tais observações são novas para o conhecimento e realça a necessidade de mais investigações (transversais e longitudinais) para melhor elucidar os achados e principalmente aprimorar o treinamento visando a melhores resultados.
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