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Dissertação
Análise da implementação de projetos de Farmácias Vivas no Brasil
Nos últimos 20 anos, houve um avanço nas políticas públicas relacionadas a fitoterápicos, entre as quais se destaca a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), que visa implementar a fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender a uma necessidade socioeconômica...
Autor principal: | Julião, Raícia Caroline de Souza |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1854528175836441 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2024
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10347 |
Resumo: |
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Nos últimos 20 anos, houve um avanço nas políticas públicas relacionadas a fitoterápicos, entre as quais
se destaca a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), que visa implementar a
fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender a uma necessidade socioeconômica da
população brasileira. Entre as estratégias da PNPMF estão as Farmácias Vivas (FV), que utiliza a
fitoterapia como recurso terapêutico no fortalecimento do SUS. Esta pesquisa teve como objetivo
analisar a implementação de projetos de Farmácias Vivas no Brasil, identificar as políticas públicas de
saúde que permeiam o projeto Farmácia Viva e verificar as potencialidades e fragilidades internas e
externas das unidades implementadas. O estudo se caracteriza como observacional de corte transversal,
com abordagem qualitativa. A pesquisa foi dividida em duas etapas principais: na primeira foi estudado
um grupo focal com atores sociais relacionados a projetos de Farmácia Viva no Estado do Amazonas; e
a segunda avaliou por meio da matriz SWOT projetos de Farmácias Vivas no Brasil através de um
questionário virtualizado e de entrevistas semiestruturadas. Para o tratamento dos dados da primeira
etapa, realizou-se a análise de conteúdo e na segunda etapa, obteve-se dados descritivos das unidades
de Farmácia Viva e a identificação de fatores internos e externos através da análise SWOT de 10
farmácias vivas participantes, contemplando todas as regiões geográficas do Brasil. A partir do grupo
focal, foram identificadas as seguintes categorias: Complexidades na adesão dos prescritores e da gestão
em Manaus/AM; Percepção da adesão de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos pelos
usuários; Aspectos e implicações na implementação da "Farmácia Viva" em Manaus; Farmácia viva:
perspectivas do projeto e o impacto na Saúde Pública. As discussões e as categorias do grupo focal
direcionaram a elaboração do roteiro para as entrevistas da segunda etapa. Com isso, a avaliação SWOT
destacou como pontos positivos de origem interna e externas, como as práticas educativas em saúde
associadas às Farmácias Vivas, a integração com a comunidade local, e a articulação intersetorial. Já os
pontos negativos, estão a escala de produção, a manutenção e a falta de capacitação dos profissionais
participantes nas unidades e de recursos contínuos para a sustentabilidade financeira dos projetos.
Conclui-se que, a implementação das Farmácias Vivas enfrenta desafios de sustentabilidade, requerendo
investimentos específicos em políticas de saúde relacionadas à fitoterapia e na manutenção das unidades.
O estudo destaca a importância da promoção de práticas educativas em saúde, apoio governamental e
parcerias estratégicas para fortalecer as unidades no Brasil. Uma abordagem multidisciplinar de
profissionais de saúde e a colaboração entre diferentes setores e atores sociais são essenciais para a
resolução das dificuldades que permeiam os projetos e unidades. |