Esta dissertação apresenta um estudo sobre os cemitérios de Manaus construídos entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Em um primeiro momento foram analisadas as atitudes da sociedade manauara diante da morte, com o objetivo de descortinar e compreender suas visões de mundo, crenças, temores e expectativas sobre o além-túmulo. No segundo momento, através de pesquisa bibliográfica e documental, foi produzida uma cartografia dos campos santos, englobando desde os cemitérios indígenas aos cemitérios construídos nos subúrbios até a década de 1930. Posteriormente foi realizada, através da análise de crônicas e matérias jornalísticas, a reconstituição do cotidiano nos cemitérios, que inauguraram novas formas da sociedade se relacionar com a morte e com os mortos. Por último, a partir da análise de um conjunto de túmulos e jazigos do Cemitério de São João Batista, o mais antigo em funcionamento, buscar-se-á identificar, através de suas formas e símbolos, mudanças nas atitudes em relação à morte e aos mortos e como determinados setores da sociedade amazonense o utilizaram como espaço de culto à memória, exaltação da vida e marcador social.
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