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Dissertação
A efetividade da imunização na mortalidade de idosos com síndrome respiratória aguda grave por covid-19 no brasil: um estudo nacional de coorte retrospectiva
A pandemia da COVID-19 ressaltou a vulnerabilidade dos idosos, especialmente à SRAG, devido a comorbidades e menor resposta imunológica. No Brasil, com população idosa em crescimento, destaca-se a campanha de vacinação. Contudo, faltam estudos nacionais sobre a efetividade vacinal em diminuir a m...
Autor principal: | Lima, Meyk Everlyn Araújo de Souza |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7297683101312833 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2025
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
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oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-105902025-01-10T05:05:43Z A efetividade da imunização na mortalidade de idosos com síndrome respiratória aguda grave por covid-19 no brasil: um estudo nacional de coorte retrospectiva Lima, Meyk Everlyn Araújo de Souza Boechat, Antônio Luiz http://lattes.cnpq.br/7297683101312833 http://lattes.cnpq.br/3558832059770794 Amorim, Robson Luis Oliveira de Silva, Luiz Francisco Rocha e COVID-19 (Doença) - Vacinação Idosos - Vacinação CIENCIAS BIOLOGICAS: IMUNOLOGIA Vacinas contra COVID-19 Esquemas de imunização Idosos Mortalidade Eficácia de vacinas Vacinas A pandemia da COVID-19 ressaltou a vulnerabilidade dos idosos, especialmente à SRAG, devido a comorbidades e menor resposta imunológica. No Brasil, com população idosa em crescimento, destaca-se a campanha de vacinação. Contudo, faltam estudos nacionais sobre a efetividade vacinal em diminuir a mortalidade nessa faixa etária. Este estudo é uma coorte observacional retrospectiva realizada em âmbito nacional. O foco estava em indivíduos idosos que foram hospitalizados devido a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à COVID-19, com seus dados registrados na plataforma Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-GRIPE) no período 2021/2022. O principal objetivo do estudo foi analisar a ocorrência de morte dentro de um período de 90 dias (análise de Tempo até o Evento). Analisados 411.312 idosos (144.433 não vacinados, 266.879 vacinados), com idade média de 74,5 anos e distribuição de gênero equilibrada, a taxa de mortalidade foi de 43,9%, sendo menor nos vacinados (40,5%) versus não vacinados (50,2%). Comorbidades prevalentes incluíram cardiopatias (70,6%) e diabetes (51,3%). A vacinação mostrou redução de 26% no risco de morte (IRR = 0,74) e aumento de 19% na sobrevida (HR = 0,81). Regionalmente, a Região Norte teve o menor risco de morte (IRR = 0,74), e a Sul, o maior (IRR = 0,88). Menor necessidade de ventilação mecânica invasiva (OR = 0,68) e internações em UTI (OR = 0,88) foram notadas entre vacinados. A eficácia da vacinação melhorou com cada dose adicional, sendo a primeira dose (IRR = 0,92; HR = 0,95), a segunda dose (IRR = 0,85; HR = 0,87) e a dose de reforço (IRR = 0,64; HR = 0,73), todas associadas a melhorias significativas na redução do risco de morte e aumento da sobrevida, evidenciando a importância da adesão ao esquema vacinal completo. Esses dados ilustram a importância da vacinação, inclusive de doses de reforço, na diminuição da mortalidade entre idosos afetados pela COVID-19. Observou-se importantes diferenças entre os grupos vacinados e não vacinados, que se apresentaram mais evidentes a partir do 30º dia após a vacinação, sendo constatado que a vacinação diminuiu o risco de óbito em 26% entre os pacientes idosos, (IRR) de 0,74 (p<0,0000) após ajustes para variáveis como idade, sexo e comorbidades, e evidenciado o aumento de 19% na sobrevida para o mesmo grupo (HR) de 0,81 (p<0,0000), sugerindo que a vacinação não apenas reduz o risco de morte, mas também melhora as perspectivas de sobrevida para os pacientes idosos que são hospitalizados com a doença em estado grave. Os resultados confirmam a importância da vacinação como ferramenta vital de saúde pública, mostrando uma associação significativa entre a imunização e a diminuição da mortalidade nesse grupo vulnerável. Destaca-se a crucialidade da completa adesão ao calendário vacinal, englobando a aplicação da dose de reforço, pois os benefícios da imunização se intensificam com a administração das doses subsequentes The COVID-19 pandemic has underscored the vulnerability of the elderly, particularly to Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS), due to comorbidities and a diminished immunological response. In Brazil, with an aging population, the vaccination campaign stands out. However, there is a lack of national studies on the effectiveness of vaccines in reducing mortality in this age group. This study is a retrospective observational cohort conducted nationally, focusing on elderly individuals hospitalized due to Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) associated with COVID-19, with their data recorded in the Influenza Epidemiological Surveillance Information System (SIVEP-GRIPE) for the period 2021/2022. The primary aim of the study was to analyze the occurrence of death within a 90-day period (Time-to-Event analysis). Analyzing 411,312 elderly (144,433 unvaccinated, 266,879 vaccinated), with an average age of 74.5 years and balanced gender distribution, the mortality rate was 43.9%, being lower in vaccinated (40.5%) versus unvaccinated (50.2%). Prevalent comorbidities included heart diseases (70.6%) and diabetes (51.3%). Vaccination showed a 26% reduction in the risk of death (IRR = 0.74) and a 19% increase in survival (HR = 0.81). Regionally, the North region had the lowest risk of death (IRR = 0.74), and the South, the highest (IRR = 0.88). Lower needs for invasive mechanical ventilation (OR = 0.68) and ICU admissions (OR = 0.88) were noted among vaccinated individuals. The effectiveness of vaccination improved with each additional dose, with the first dose (IRR = 0.92; HR = 0.95), the second dose (IRR = 0.85; HR = 0.87), and the booster dose (IRR = 0.64; HR = 0.73), all associated with significant improvements in reducing the risk of death and increasing survival, highlighting the importance of full adherence to the vaccination schedule. These data illustrate the importance of vaccination, including booster doses, in reducing mortality among the elderly affected by COVID-19. Significant differences were observed between vaccinated and unvaccinated groups, becoming more evident from the 30th day after vaccination, showing that vaccination decreased the risk of death by 26% among elderly patients, (IRR) of 0.74 (p<0,0000) after adjustments for variables such as age, sex, and comorbidities, and a 19% increase in survival for the same group (HR) of 0.81 (p<0,0000), suggesting that vaccination not only reduces the risk of death but also improves survival prospects for elderly patients hospitalized with the disease in a severe state. The results confirm the importance of vaccination as a vital public health tool, showing a significant association between immunization and reduced mortality in this vulnerable group. The crucial need for complete adherence to the vaccination schedule, including the application of booster doses, is emphasized, as the benefits of immunization intensify with the administration of subsequent doses CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 2025-01-10T02:41:06Z 2999-12-31 2024-03-28 Dissertação LIMA, Meyk Everlyn Araújo de Souza. A efetividade da imunização na mortalidade de idosos com síndrome respiratória aguda grave por covid-19 no brasil: um estudo nacional de coorte retrospectiva. 2024. 57 f. Dissertação (Mestrado em Imunologia Básica e Aplicada) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2024. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10590 por Acesso Embargado https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ application/pdf Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada |
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TEDE - Universidade Federal do Amazonas |
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vacinal em diminuir a mortalidade nessa faixa etária. Este estudo é uma coorte observacional
retrospectiva realizada em âmbito nacional. O foco estava em indivíduos idosos que foram
hospitalizados devido a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à COVID-19,
com seus dados registrados na plataforma Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica
da Gripe (SIVEP-GRIPE) no período 2021/2022. O principal objetivo do estudo foi analisar a
ocorrência de morte dentro de um período de 90 dias (análise de Tempo até o Evento). Analisados
411.312 idosos (144.433 não vacinados, 266.879 vacinados), com idade média de 74,5 anos e
distribuição de gênero equilibrada, a taxa de mortalidade foi de 43,9%, sendo menor nos
vacinados (40,5%) versus não vacinados (50,2%). Comorbidades prevalentes incluíram
cardiopatias (70,6%) e diabetes (51,3%). A vacinação mostrou redução de 26% no risco de morte
(IRR = 0,74) e aumento de 19% na sobrevida (HR = 0,81). Regionalmente, a Região Norte teve
o menor risco de morte (IRR = 0,74), e a Sul, o maior (IRR = 0,88). Menor necessidade de
ventilação mecânica invasiva (OR = 0,68) e internações em UTI (OR = 0,88) foram notadas entre
vacinados. A eficácia da vacinação melhorou com cada dose adicional, sendo a primeira dose
(IRR = 0,92; HR = 0,95), a segunda dose (IRR = 0,85; HR = 0,87) e a dose de reforço (IRR =
0,64; HR = 0,73), todas associadas a melhorias significativas na redução do risco de morte e
aumento da sobrevida, evidenciando a importância da adesão ao esquema vacinal completo. Esses
dados ilustram a importância da vacinação, inclusive de doses de reforço, na diminuição da
mortalidade entre idosos afetados pela COVID-19. Observou-se importantes diferenças entre os
grupos vacinados e não vacinados, que se apresentaram mais evidentes a partir do 30º dia após a
vacinação, sendo constatado que a vacinação diminuiu o risco de óbito em 26% entre os pacientes
idosos, (IRR) de 0,74 (p<0,0000) após ajustes para variáveis como idade, sexo e comorbidades, e
evidenciado o aumento de 19% na sobrevida para o mesmo grupo (HR) de 0,81 (p<0,0000),
sugerindo que a vacinação não apenas reduz o risco de morte, mas também melhora as
perspectivas de sobrevida para os pacientes idosos que são hospitalizados com a doença em estado
grave. Os resultados confirmam a importância da vacinação como ferramenta vital de saúde
pública, mostrando uma associação significativa entre a imunização e a diminuição da
mortalidade nesse grupo vulnerável. Destaca-se a crucialidade da completa adesão ao calendário
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