Este trabalho tem por finalidade compreender a fisionomia da paisagem na trilha
do espaço-tempo da drenagem modeladora da ilha fluvial de Parintins. A
problemática está pautada no crescimento, no uso e ocupação do solo, e, também,
na ausência de gestão e planejamento que cumpram as legislações ambientais
(Federal, Estadual e Municipal) respectivas a proteção de mananciais,
comprometendo os sistemas fluviais que estão sendo poluídos, aterrados,
desmatados nas Áreas de Preservação Permanente. A estratégia metodológica
utilizada está baseada no método de abordagem do Pensamento Complexo de
Edgar Morin e no método procedimental Estudo de Caso. A coleta de dados,
procedeu-se em pesquisa documental, observação direta, Carta de Protocolo de
Inventariamento Geográfico- CPIGEOG, Sistema de Informação Geográfica - SIG.
Os resultados obtidos confirmaram a hipótese da pesquisa sobre o
desconhecimento da abrangência da rede hidrográfica e a ausência de gestão
pública efetiva voltada à proteção ambiental desses bens comuns da Fluvialidade.
Em relação as classes de uso e ocupação do solo, identificou-se um crescimento
significativo da área urbanizada, a partir da década de 1970, sobretudo sobre
ambientes sensíveis de Áreas de Proteção Permanente de rios e nascentes. A
drenagem mais impactada é a que está em contato direto com as áreas com intensa
urbanização, sendo a drenagem Macurany, inclusive com a contaminação de suas
águas subterrâneas. Portanto, nota-se a necessidade da efetivação da produção
de Serviços Ambientais, visto que, a fisionomia atual da paisagem pode
comprometer ainda mais a qualidade dos Serviços Ecossistêmicos a
geodiversidade da ilha fluvial.
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