A Feira Municipal Cel. Jorge Teixeira, conhecida popularmente como “Feira da Manaus
Moderna”, existe desde meados de 1970, quando se tornou parte constituinte da história
do Amazonas em meio à tantas decisões político-sociais. Consolidada na década 1990
como a feira mais importante de Manaus, a Feira Manaus Moderna tem importante papel
de abastecimento na cidade e vem se ressignificando com a modernização deste mercado.
A expansão desenfreada dos supermercados atacadistas é um fenômeno que põe a prova
a sobrevivência das feiras. Para Forman (1979), o modelo de feira é econômica e
socialmente viável, mas tende a ser compelido pelo mundo contemporâneo. Os problemas
estruturais, sanitários e de segurança, que estão relacionados ao poder público, ameaçam
a continuidade das feiras. A complexidade sociocultural no contexto da Feira Manaus
Moderna, envolve trabalhadores que mantém e colaboram para a cultura amazônica, suas
particularidades, sua memória e para as redes de interdependência, porém, sem ter
conhecimento da importância dela. Por que esse modelo de feira de abastecimento ainda
resiste? Qual a contribuição da Feira Manaus Moderna para o desenvolvimento
sociocultural e econômico do Amazonas? De que forma se dão as relações de poder entre
os trabalhadores? Quais as perspectivas dos trabalhadores em relação ao futuro na Feira
Manaus Moderna? Quais tradições e costumes locais são identificadas? Como os
trabalhadores as ressignificam? Esta pesquisa de dissertação propõe Identificar os
processos socioculturais e econômicos na Feira Manaus Moderna e sua contribuição para
o Amazonas, no tocante à identidade, memória e redes de interdependência existentes no
local, tendo em vista a gastronomia, a variedade de gêneros alimentícios e as relações de
poder, no tocante à identidade, memória e tradição do local em relação à sociedade.
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