Introdução: A Síndrome de Burnout é um distúrbio psicossocial relacionado ao trabalho, caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional. Objetivos: Analisar a prevalência da Síndrome de Burnout em professores e identificar os principais fatores associados ao seu desenvolvimento. Métodos: Foi conduzida uma revisão sistemática seguindo as diretrizes do Joanna Briggs Institute (JBI), com protocolo registrado no PROSPERO (CRD420250651910). As bases de dados utilizadas foram: MEDLINE, EMBASE, LILACS, PsycInfo e Google Acadêmico (literatura cinzenta). Critérios de seleção: Foram incluídos estudos observacionais que avaliaram a prevalência de Burnout em professores por meio de instrumentos validados. Foram excluídos ensaios clínicos randomizados, estudos qualitativos e artigos não publicados em inglês, exceto aqueles indexados na base de dados LILACS. Coleta de dados e análise: Dois revisores independentes realizaram a triagem e extração dos dados. Dada a heterogeneidade dos estudos, optou-se por uma síntese descritiva dos resultados, sem meta-análise. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada utilizando a ferramenta ROBINS-E (Risk Of Bias In Non-randomized Studies of Exposures). Resultados: Esta revisão sistemática revelou que, entre os 13.262 professores analisados nos 28 estudos incluídos, a Síndrome de Burnout apresentou uma prevalência de 39,74%. A condição está associada a fatores como o contexto socioeconômico, cultural e as condições de trabalho. Fatores como carga de trabalho excessiva (identificada em 92,85% dos estudos), falta de apoio institucional (85,71%) e condições laborais precárias (92,85%) foram apontados como os principais preditores da síndrome. Além disso, professores de meia-idade (entre 36 e 50 anos) e mulheres demonstraram maior vulnerabilidade, com a exaustão emocional sendo a dimensão mais prevalente da síndrome. Conclusão: A revisão sistemática evidenciou que a Síndrome de Burnout é comum entre professores, e pode impactar sua saúde mental e a qualidade do ensino. Destacando a necessidade de políticas públicas e intervenções que melhorem as condições laborais, com o objetivo de prevenir o Burnout e promover um ambiente educacional mais saudável.
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