Esta pesquisa, sob abordagem qualitativa, tem por finalidade analisar, por intermédio da Iconografia e Iconologia, as obras de arte nas décadas de 1970 e 1980, do artista plástico, dramaturgo e escritor amazonense Sérgio Vieira Cardoso, também imortal na Academia Amazonense de Letras. Para tanto, traçaremos um reviver com o levantamento bibliográfico, histórico e sociológico sobre os aspectos das imagens que convergem com os acontecimentos do século XIX ao século XX, o período da borracha e o surgimento da Zona Franca de Manaus, visando identificar as relações da arte, sobretudo, com a sociologia, criando um diálogo interdisciplinar para assim compreender o motivo da construção e concepção das obras do artista pesquisado. Para tanto, por intermédio de entrevistas semiestruturadas, nos possibilitou o entendimento sobre o motivo de suas representações artísticas. Ademais, se fez necessário conhecer um pouco da biografia do artista por meio de levantamento documental e entrevistas remotas e presenciais que contribuíram para reconstituir a trajetória de vida de Sérgio Cardoso. Estes aspectos foram analisados sob a perspectiva da sociologia da arte, de Pierre Bourdieu, que define o seu habitus, capital e campo. Neste sentido, a iconografia e iconologia, de Panofsky (1991), fundamentou a abordagem epistemológica, sendo uma etapa de análise técnica, por descrição, conceitual e interpretativa das imagens. Desenhamos a pesquisa em três etapas constituídas pelas conjunturas da Amazônia brasileira do século XIX ao XX, a biografia da década de 1950 até a década de 1980, e as criações do artista, sob análise crítica e interpretativa, por meio das etapas de análise constituídas por Erwin Panofsky: descrição, narrativas e significação. A pesquisa contribui para o entendimento de arte contemporânea no Amazonas, sobretudo, aos acervos bibliográficos acerca do assunto, valorizando os contextos sociais, históricos e principalmente a importância das imagens, do artista e da história da Arte no Amazonas.
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