A presente pesquisa explora as trajetórias dos militantes e movimentos sociais em Manaus, entre 1967 e 1989, focando na atuação da imprensa periódica na representação da criminalidade e na criminalização de movimentos sociais e práticas urbanas. O estudo analisa principalmente os jornais Acrítica e Jornal do Comércio, para compreender como a mídia influenciou as percepções públicas e as políticas sobre segurança e direitos sociais. O período abordado inclui a ditadura militar e a transição para a democracia, refletindo as tensões entre interesses comerciais e a resistência dos trabalhadores. Destaca-se o papel do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Movimento Alma Negra (MOAN), evidenciando a luta pela valorização da cultura afro-brasileira e a resistência contra o racismo institucionalizado. O trabalho também examina a participação feminina nos movimentos sociais, ressaltando a liderança das mulheres em greves e mobilizações, e sua influência nas políticas públicas e na representação midiática. O capítulo final analisa as disputas pela cidade e pela memória, evidenciando a construção e a contestação de discursos sobre crime e segurança, e a influência desses discursos nas políticas públicas. A pesquisa reflete sobre a luta contínua por direitos e igualdade, ressaltando como as práticas culturais e a mobilização social moldam a identidade e a dinâmica política de Manaus.
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