A necessidade do estabelecimento de novas formas de relacionamento entre o Homem e o Ambiente tornou-se evidente desde a Convenção de Estocolmo, 1972. Nesta época começou a ser conceituado o Desenvolvimento Sustentável que veio a se
firmar na Convenção do Rio de Janeiro ECO 92, quando foi elaborado um documento denominado Agenda 21 e que estabelecia os parâmetros do Desenvolvimento Sustentável.
Desde então, inúmeras tentativas de implantação de programas ou mesmo de práticas de Desenvolvimento Sustentável vêm se sucedendo sendo que, segundo estudos realizados no
Brasil pela Fundação Konrad Adenauer, a maioria não consegue se efetivar, incapazes de promover as mudanças necessárias e a consequente melhoria da qualidade de vida, dentro dos
parâmetros do Desenvolvimento Sustentável. Considerando a convivência entre as iniciativas sustentáveis e o capitalismo, ainda que excludentes entre si, percebe-se que as primeiras são prejudicadas pelo segundo, impedindo seus melhores resultados.
Com o intuito de buscar maior equilíbrio entre iniciativas sustentáveis e capitalismo, no sentido de melhorar as condições dos praticantes do desenvolvimento sustentável, o presente trabalho verifica a possibilidade de alcançar tais objetivos utilizando e aplicando junto às iniciativas sustentáveis as ferramentas do marketing moderno. Para isso focalizou, dentre os diversos segmentos que compõe as populações
tradicionais, os agricultores familiares, mais especificamente, os agricultores familiares estabelecidos no Ramal Nova Esperança, no município de Manacapuru, Amazonas, realizando junto aos mesmos pesquisa que levasse a concluir sobre a viabilidade ou não, do emprego das ferramentas do marketing com ganhos concretos para os agricultores. Para isso foram avaliados os conceitos de desenvolvimento dos participantes da pesquisa, as condições e os métodos de trabalho, assim como, a utilização aleatória de práticas do marketing. A conclusão a que se chegou foi de que, o marketing moderno pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida e conservação dos recursos naturais dos agricultores familiares do Ramal Nova Esperança, desde que, de forma sistêmica, outros
aspectos sejam também desenvolvidos.
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