Dissertação

O direito à saúde ambiental em tempos de (in)sustentabilidade urbana: um estudo da percepção dos moradores do bairro Grande Vitória em Codajás, Amazonas

Resultado de pesquisa realizada no ano de 2011, no município de Codajás, Amazonas que objetivou analisar a saúde ambiental na percepção de um grupo de moradores do bairro Grande Vitória, zona periférica do município. A amostragem foi selecionada por meio do critério de representatividade, optando pe...

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Autor principal: Souza, Andreia Lima de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0850989275466599
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2548
Resumo:
Resultado de pesquisa realizada no ano de 2011, no município de Codajás, Amazonas que objetivou analisar a saúde ambiental na percepção de um grupo de moradores do bairro Grande Vitória, zona periférica do município. A amostragem foi selecionada por meio do critério de representatividade, optando pela seleção dos moradores mais atuantes nos encontros convocados pela liderança do bairro que giram em torno das discussões sobre as problemáticas do lugar. O estudo permitiu o conhecimento de parte da realidade dos moradores, evidenciando o processo de ocupação, suas condições de vida e o modo como percebem a relação saúde e ambiente no contexto urbano interiorano. A metodologia da pesquisa privilegiou a abordagem qualitativa e utilizou duas técnicas: a entrevista semiestruturada e o grupo focal, realizadas com respectivamente, 15 e 7 pessoas. Nessa última técnica, foram utilizadas fotos antigas e atuais do bairro como forma de estimular as percepções acerca das questões voltadas para o objetivo de pesquisa. Ao final da coleta dos dados foram realizadas a organização e a interpretação a partir da análise de conteúdo. Os resultados indicaram situações de insustentabilidade urbana resultado da incapacidade da legitimidade das políticas urbanas, repercutindo em falta de investimentos em infraestrutura e em incapacidade de democratização do acesso aos serviços urbanos, acarretando em contextos de precariedade das condições socioambientais que repercutem nas condições de saúde dos moradores e do lugar, reflexo de um processo urbano desordenado aliado da ausência de bens e serviços públicos essenciais, bem como da ausência de movimentos sociais mais atuantes que os reivindiquem. Este cenário tem como pano de fundo a desigualdade social e ambiental, responsáveis pelo aparecimento de situações de injustiça social e ambiental que, como processos globais, apresentam-se também nas cidades pequenas, comprometendo o acesso aos direitos à vida, a boas condições de vida e ao direito à cidade.