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Dissertação
A estratégia saúde da família: um estudo na realidade do bairro Mauazinho
O presente estudo tem como objetivo analisar a operacionalização da Estratégia Saúde da Família no bairro do Mauazinho, a partir da perspectiva dos usuários sobre os serviços recebidos, dando destaque aos desafios que configuram no seu cotidiano, e estão associadas a uma rede de serviços do Siste...
Autor principal: | Luna, Maria Rute de Souza |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/8872776148001227 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2697 |
Resumo: |
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O presente estudo tem como objetivo analisar a operacionalização da Estratégia Saúde da
Família no bairro do Mauazinho, a partir da perspectiva dos usuários sobre os serviços recebidos,
dando destaque aos desafios que configuram no seu cotidiano, e estão associadas a uma rede de
serviços do Sistema Único de Saúde para garantir a atenção integral aos indivíduos e famílias. Sendo
assim, contextualizamos o processo histórico de implementação do SUS em Manaus, mapeando as
ações de políticas públicas de saúde a partir desse cenário; Além disso, o trabalho em questão
pretende evidenciar como estão sendo realizadas as ações de promoção da saúde no processo de
operacionalização da ESF; Revelar a estruturação da atuação da equipe profissional sob o enfoque
da interdisciplinaridade; bem como, identificar o processo de participação social na ESF. Para
alcançar esses objetivos realizamos um estudo de caso qualitativo, realizado na Unidade Saúde da
Família L 18, no Bairro da Mauazinho, onde os dados e informações foram coletados ao longo do
processo de estudo, sendo em seguida analisados sempre à luz do referencial teórico. Convém
destacar que o referido trabalho possibilitará um melhor entendimento, quanto a operacionalização da
Estratégia de Saúde da Família no bairro do Mauazinho, assim como exemplificar o programa em
Manaus. Este estudo visa contribuir para a melhoria das políticas públicas de saúde no contexto
manauara, nas ciências sociais aplicadas, e nas ciências da saúde, bem como para um melhor
desempenho das políticas públicas neste contexto. Outrossim, as abordagens acerca das categorias,
promoção da saúde, interdisciplinaridade e participação social, suscitam o entendimento da
operacionalização da Estratégia Saúde da Família na perspectiva dos usuários no contexto social
adequados ao direito à saúde como atenção integral ao cidadão. Na presente pesquisa os principais
resultados alcançados apontam que: a atuação dos profissionais na realidade desta pesquisa são
ações isoladas, voltadas a uma atenção curativa, onde repercute o modelo tradicional de saúde
voltado a cura de doenças, um fator preponderante que aponta o mais baixo nível da
interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade na equipe. Sendo assim, o contraste entre o discurso e a
prática da promoção da saúde e da participação social em saúde, nos mostra uma série de
desencontros e contradições nas construções de vínculos entre a comunidade e a equipe de trabalho.
Pois, ficou evidente que as ações de saúde realizadas estão concentradas na resolução dos
problemas clínicos. E as ações de promoção da saúde que envolvem as palestras educativas, as
campanhas de prevenção e as visitas domiciliares, dentre outras atividades, foram avaliadas como
formas positivas das ações de saúde, porém o que está deixando as famílias insatisfeitas é a
ausência atualmente destas atividades na comunidade. E a participação social através do controle
social, ainda é insipiente no contexto analisado, pois as pessoas ainda não estão conscientes de sua
importância no processo das políticas de saúde. Finalmente, foi possível concluir neste estudo que
saúde da família avançou, mais não transformou, pois nos deparamos com ações que intensificam
ainda mais o paternalismo, com ações não emancipatórias. Onde o empoderamento político das
famílias não acontece nos espaços democráticos, onde há incluídos e excluídos. Incluídos porque
tem acesso aos serviços de saúde, mas surge a exclusão quando não há a participação da
comunidade no controle social, ou nas ações de educação em saúde. |