Dissertação

Uso da zeolita e do eugenol no transporte de juvenis de matrinxã (Brycon amazonicus)

O Brycon amazonicus, genericamente conhecido como matrinxã, é um dos peixes com maior potencial para a piscicultura na Amazônia. Porém por ser um peixe naturalmente agitado, movimenta-se de forma intensa durante o manejo sendo mais suscetível aos efeitos indesejáveis das diversas práticas como biom...

ver descrição completa

Autor principal: Brandão, Franmir Rodrigues
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1956971778761011
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2015
Assuntos:
Acesso em linha: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2754
Resumo:
O Brycon amazonicus, genericamente conhecido como matrinxã, é um dos peixes com maior potencial para a piscicultura na Amazônia. Porém por ser um peixe naturalmente agitado, movimenta-se de forma intensa durante o manejo sendo mais suscetível aos efeitos indesejáveis das diversas práticas como biometria, classificação e transporte, podendo ocorrer ferimentos na superfície do corpo, manifestação de doenças e até altas mortalidades. Os objetivos do proposto trabalho foram avaliar as possibilidades de uso da zeolita durante o transporte de matrinxã, associado ao uso de um anestésico alternativo, o eugenol, também na água de transporte, para reduzir a movimentação dos animais, a fim de aumentar com esses dois produtos as chances de sucesso do transporte. Foram realizados três estudos: 1) análise de amônia liberada pelo matrinxã na água durante o transporte; 2) análise do poder de absorção da amônia pela zeolita; 3) Efeito da adição de zeolita e eugenol à água de transporte nas respostas metabólicas ao estresse do matrinxã submetido ao transporte. Foram retiradas amostras de água das embalagens de transporte para análises de temperatura, oxigênio, pH, amônia e nitrito. Amostras de sangue e tecido muscular e hepático foram coletadas para realização das análises de hematócrito, lactato, glicose plasmática, lactato, amônia plasmática, proteína total, cloretos, sódio, glicogênio hepático e glicogênio muscular. No primeiro experimento determinou-se que a liberação de amônia na água de transporte de 4 horas apresentou um aumento exponencial. No segundo experimento de absorção da amônia pela zeolita, todas as concentrações mostraram-se eficientes para o fim proposto. No terceiro experimento a influência da zeolita conjuntamente com o eugenol nas respostas metabólicas ao estresse foram satisfatórias para amenizá-las. A concentração de zeolita determinada como adequada foi de 7,5 mg/L levandose em consideração o custo-benefício ao produtor. O tratamento zeolita + eugenol foi o mais eficiente mostrando bons resultados para melhorar a qualidade do transporte com respostas fisiológicas e tissulares ao estresse menores.