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Dissertação
Estudo Fitoquímico e Biológico de Duguetia riparia (Annonaceae)
A família Annonaceae é composta por 135 gêneros; 34 podem ser encontrados na América do Sul, onde predominam os gêneros Annona, Guatteria, Rollinia, Xylopia e Duguetia. Dentre estes, 29 podem ser encontrados no Brasil, incluindo o gênero Duguetia com 50 das 70 espécies catalogadas. A espécie estuda...
Autor principal: | Cunha, Livia Melo Arruda |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9805702140599566 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3307 |
Resumo: |
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A família Annonaceae é composta por 135 gêneros; 34 podem ser encontrados na América do Sul, onde predominam os gêneros Annona, Guatteria, Rollinia, Xylopia e Duguetia. Dentre
estes, 29 podem ser encontrados no Brasil, incluindo o gênero Duguetia com 50 das 70 espécies catalogadas. A espécie estudada, D. riparia, conhecida popularmente como
araticum da mata , envira , envira-preta , envira-tai e makahy-myra , ocorre na Amazônia Colombiana, Suriname, Guiana Francesa, Bolívia e Brasil, em florestas nãob inundadas, periodicamente inundadas ou em savanas, freqüentemente ao longo dos rios com produção de frutos durante praticamente todo o ano. Com intuito de isolar possíveis metabólitos secundários presentes nesta espécie e determinar a capacidade capturadora de radicais livres, concentração de fenóis, toxicidade frente ao estágio larval de Artemia salina,
cepas de Leishmania amazonensis e larvas do mosquito Aedes aegypti de seus extratos e frações, 678 g dos galhos finos de D. riparia foram macerados com hexano, metanol e
metanol/H2O (80%). Estes extratos, após sucessivas partições, originaram, respectivamente, uma fração hidroalcoólica, uma fração rica em alcalóides e o extrato metanólico solúvel 80%.
Os sucessivos fracionamentos cromatográficos dos extratos metanólico, metanólico aquoso 80% e metanólico solúvel, bem como da fração hidroalcoólica e da fração de alcalóides
originaram amostras relativamente puras que foram investigadas quanto à presença de substâncias bioativas. Os extratos hexânico, metanólico e metanólico solúvel, juntamente com
a fração hidroalcoólica e a fração de alcalóides, foram testados quanto à capacidade capturadora de radicais livres, concentração de fenóis, toxicidade frente ao estágio larval de
Artemia salina, cepas de Leishmania amazonensis e larvas do mosquito Aedes aegypti. O estudo fitoquímico se mostrou satisfatório, pois resultou no isolamento e identificação dos
alcalóides liriodenina, oxoputerina, lisicamina e asimilobina. Os demais ensaios realizados evidenciaram ser a espécie estudada uma matéria-prima promissora na obtenção de novos
medicamentos a base de plantas, haja vista que o extrato hexânico apresentou, pelo teste de toxicidade frente a Artemia salina, DL50 compatível com uma possível atividade antitumoral
(DL50 = 4,9 μg/mL); resultado inibitório significativo frente às cepas de Leishmania amazonensis (DL50 = 46,4 μg/mL) e boa atividade antioxidante (CE50 = 6,99 μg/mL). Também se observou que os extratos metanólico e metanólico solúvel, bem como a fração de alcalóides apresentaram, além da atividade inibitória frente às cepas de Leishmania amazonensis, resultados significativos quanto à capacidade capturadora de radicais livres, destacando-se entre eles a fração de alcalóides, com CE50 igual a 1,15 μg/mL e o extrato metanólico, com CE50 igual a 1,22 μg/mL |