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Dissertação
Estudo fitoquimico e atividades biológicas de extratos de Goupia glabra aublet (Cupiúba)
A espécie Goupia glabra Aublet (Goupiaceae), denominada popularmente como cupiúba, é utilizada na medicina popular contra diversas doenças. Suas cascas são utilizadas como analgésico dentário, como vermífugo, no tratamento de malária, catapora e eczema. As folhas são utilizadas contra sífilis, do...
Autor principal: | Oliveira, Priscilla de Azevedo |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9638029278940214 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3337 |
Resumo: |
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A espécie Goupia glabra Aublet (Goupiaceae), denominada popularmente como cupiúba, é
utilizada na medicina popular contra diversas doenças. Suas cascas são utilizadas como
analgésico dentário, como vermífugo, no tratamento de malária, catapora e eczema. As folhas
são utilizadas contra sífilis, doenças oculares, enxaqueca, varíola e como cicatrizante. O
presente trabalho teve como objetivo quantificar compostos fenólicos e avaliar as atividades
antioxidante, inibidora de acetilcolinesterase, toxicidade em Artemia salina, antitumoral e
antimicrobiana de extratos de folhas, galhos finos e galhos grossos de cupiúba. O material
seco foi triturado e submetido à extração em aparelho de Soxhlet com solventes de polaridade
crescente (Hexano, AcOEt e MeOH). A prospecção fitoquímica foi realizada para diferentes
classes de metabólitos, sendo observados resultados positivos para esteróis em todos os
extratos, triterpenóides e algumas classes de flavonóides nos extratos obtidos em acetato de
etila e metanol. O fracionamento do extrato em hexano de folhas (EHF) resultou no
isolamento de uma mistura de β-sitosterol e estigmasterol. Do extrato em AcOEt de folhas
(EAF) foi isolado o catecol, um fenol simples de distribuição restrita na natureza. O conteúdo
de fenólicos totais dos extratos foi determinado utilizando o reagente de Folin-Ciocalteau e o
resultado foi expresso em equivalentes de ácido gálico (EAG). A atividade antioxidante foi
avaliada através da capacidade seqüestrante do radical estável 2,2-difenil-1-picrilhidrazil
(DPPH ), utilizando quercetina como padrão externo, expressos como valores de
Concentração eficiente (CE50). Foi observada uma correlação positiva entre os fenólicos totais
e a CE50, ou seja, quanto maior a quantidade de fenólicos, menor a CE50. O extrato em AcOEt
das folhas (EAF) foi o que apresentou maior potencial antioxidante [CE50=9,76 ± 0,42 μg/mL
(cubeta) e CE50= 19,87 ± 0,31 μg/mL (microplaca)]. A toxicidade dos extratos foi verificada
através de bioensaios com microcrustáceo A. salina e expressa em % de mortalidade das
larvas. A análise qualitativa da atividade anticolinesterase foi realizada de acordo com o
método de Ellman (modificado), com resultados negativos para inibição da enzima
acetilcolinesterase. A atividade antitumoral foi avaliada contra quatro linhagens de células
(leucemia, mama, cólon e glioblastoma) utilizando método de análise colorimétrica baseada
na conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de tetrazonium (MTT)
em azul de formazam segundo o método de Mossman. Os melhores resultados foram
observados para os extratos obtidos em AcOEt, principalmente para células HCT-8 (cólon)
que variaram de 58,35 a 77,12%. O extrato obtido em AcOEt dos galhos grossos (EAGg)
apresentou valor de CI50 = 13,73 μg/mL para a linhagem HL-60 (leucemia). Esse extrato foi
fracionado e a fração EAGg5 apresentou percentual de inibição de crescimento celular de
85,37 e 101,37% para as linhagens SF-295 (glioblastoma) e MDAMB-435 (mama),
respectivamente. A avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada pelo método da
concentração inibitória mínima (MIC) que foi determinada pela técnica da microdiluição em
caldo Müeller-Hinton para bactérias (Bacillus subtilis, Staphylococcus aureus, Escherichia
coli e Pseudomonas aeruginosa) e em meio líquido Sabouraud para fungos (Candida
albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis). Todos os extratos demonstraram algum grau de
atividade bacteriana e fungicida, com destaque para os extratos obtidos em AcOEt que
apresentaram inibição moderada de crescimento microbiano. Para avaliar o efeito dos extratos
no crescimento dos protozoários foi realizado estudo in vitro com formas promastigotas de
Leishmania amazonensis e epimastigotas de Trypanosoma cruzi. O extrato EAGg mostrou
atividade antiproliferativa, tanto contra L. amazonensis quanto para T. cruzi, com valores de
IC50 de 86 e 40 μg/mL, respectivamente. A significativa atividade antioxidante, antitumoral e
antimicrobiana observada nos extratos de cupiúba destaca seu elevado potencial para a
obtenção de produtos biotecnológicos. |