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Dissertação
Violência e conflito na sociedade pós-convencional: os dilemas da razão prática e das relações de reconhecimento
Este trabalho trata de uma análise acerca do fenômeno da violência e do conflito social moderno no contexto da idéia de uma sociedade pós-convencional. Esta definição parte do pressuposto de que as estruturas jurídico-normativas destas sociedades apresentam certo nível de sofisticação e complexif...
Autor principal: | Souza, Davyd Spencer Ribeiro de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1824310221273770 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3388 |
Resumo: |
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Este trabalho trata de uma análise acerca do fenômeno da violência e do conflito social
moderno no contexto da idéia de uma sociedade pós-convencional. Esta definição parte do
pressuposto de que as estruturas jurídico-normativas destas sociedades apresentam certo nível
de sofisticação e complexificação social no que diz respeito ao tratamento e regulamentação
dos dilemas morais, isto é, dos conflitos de ação moral. Neste contexto, os sujeitos de
personalidade moderna tendem a orientar suas ações e comportamentos com base em
princípios ético-morais autônomos, abstratos e cada vez mais universais. Em face disto, a
pesquisa buscou compreender o fenômeno da violência e dos conflitos de ação como um
problema de ordem ético-moral e normativo produzidos pelos efeitos da crise da
modernidade, especialmente no que concerne aos processos de subjetivação, autonomização e
unilateralização da razão e da moralidade. Assim, a pesquisa focalizou a violência sob o
horizonte dos dilemas da razão prática, isto é, do seu uso como meio de coordenação da ação
dos sujeitos e resolução dos dilemas ético-morais postos pelos conflitos de ação. Por outro
lado, a pesquisa sugere que a violência constitui uma prática social vinculada aos dilemas da
crise da modernidade, particularmente no que se refere às relações sociais de reconhecimento.
O pressuposto do reconhecimento recíproco fundamenta-se nas relações intersubjetivas
responsáveis pela formação da identidade moral dos sujeitos. Por conseguinte, a violência
implica em um não-reconhecimento, isto é, em uma prática de violação e desrespeito social
das expectativas morais inerentes às identidades individuais e coletivas, podendo incorrer em
uma luta por reconhecimento social manifesta em um conflito social motivado pela violação,
denegação e desrespeito da gramática moral das relações sociais. A violência e o conflito
social transitam na esfera dos dilemas morais das sociedades modernas contemporâneas,
expressando-se como um problema de ordem intersubjetiva, de perda de sentido e degradação
dos processos de socialização e reconhecimento social, presentes desde sempre no horizonte
do mundo da vida. |