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Dissertação
Morfoanatomia foliar de Chrysobalanaceae R. Br. da Reserva Florestal Adolpho Ducke
Chrysobalanaceae apresenta organização taxonômica interna problemática e estudos são necessários contendo grande número de táxons. Este trabalho apresenta a descrição morfológica e anatômica de 20 espécies de Chrysobalanaceae dos gêneros Couepia, Licania e Parinari ocorrentes na Reserva Florestal A...
Autor principal: | Corrêa, Marcos Melo |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4173711530554514 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3620 |
Resumo: |
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Chrysobalanaceae apresenta organização taxonômica interna problemática e estudos são necessários contendo grande número de táxons. Este trabalho apresenta a descrição
morfológica e anatômica de 20 espécies de Chrysobalanaceae dos gêneros Couepia, Licania e Parinari ocorrentes na Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus AM. A caracterização
morfológica foi realizada com observação em estereomicroscópio, além de diafanização com hidróxido de sódio para detalhamento do padrão de venação. A epiderme foi caracterizada em vista frontal com uso do método de dissociação com solução de Franklin e cortes paradérmicos. O pecíolo, a nervura central e o mesofilo foram analisados a partir de cortes transversais no terço médio. As espécies possuem o padrão morfológico básico descrito para a
família, com folhas simples, alternas, dísticas, pecioladas, com estípulas presentes geralmente nos ramos mais jovens. Caracteres macroscópicos como o formato do limbo, tipo de estípulas e a presença ou posição das glândulas variam entre espécies. O padrão de venação mais recorrente entre as espécies é o eucamptódromo, com a ocorrência em alguns casos de venação mista eucamptódroma/broquidódroma. A vascularização do pecíolo em todas as espécies é formada por anéis contínuos ou descontínuos, ou ainda arcos variando de dois a três. O feixe vascular da nervura central organiza-se em arcos formados por feixes colaterais que estão dispostos em número de dois ou três, ou formando um anel fechado no qual pode estar presente um arco floemático. O tipo de contorno anticlinal predominante na face adaxial das folhas é reto, com formas variáveis na face abaxial. Os estômatos são paracíticos, alguns ocorrendo em criptas estomáticas. O mesofilo de todas as espécies é dorsiventral, com ambas
as faces revestidas por cutícula espessa. As células epidérmicas da face adaxial apresentam formato tabular, cúbico ou retangular. Ocorrem no parênquima paliçádico de uma a três camadas de células alongadas e o parênquima lacunoso apresenta compactação variável de acordo com a espécie. Extensões de bainha e esclereides colunares são de ocorrência comum. As espécies apresentam características escleromórficas, como a cutícula espessa, extensões de
bainhas de feixes vasculares e criptas estomáticas. Esses caracteres indicam adaptação ao ambiente florestal de solo pobre, bem como aos fatores que interferem na utilização adequada dos recursos hídricos. Estômatos acima da linha epidérmica foram a única característica que ocorreu exclusivamente em espécies de Licania. Foi elaborada uma chave de identificação, assim como descrições padronizadas utilizando os caracteres morfoanatômicos. Os caracteres
anatômicos deram maior contribuição para a diagnose, pois apresentaram maior variação entre as espécies, sendo os principais utilizados na chave: posição das glândulas, posição dos estômatos na linha epidérmica, forma das estípulas, número de camadas da epiderme adaxial, número de feixes acessórios no pecíolo e desenvolvimento das aréolas. O conjunto de caracteres é eficaz na diferenciação entre espécies. |