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Dissertação
O movimento de apoio à resistência Waimiri-Atroari: ecos de uma ação indigenista católica contra grandes projetos
A Prelazia de Itacoatiara, em meados dos anos de 1970, se direciona a um trabalho pastoral interessado na discussão em torno da questão indígena. Tal preocupação emerge a partir da operacionalização das Políticas de Integração Nacional do governo brasileiro, que se lançam sobre as terras povoadas...
Autor principal: | Araújo, André Luiz Passos |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0934235402954394 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3969 |
Resumo: |
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A Prelazia de Itacoatiara, em meados dos anos de 1970, se direciona a um trabalho
pastoral interessado na discussão em torno da questão indígena. Tal preocupação emerge a
partir da operacionalização das Políticas de Integração Nacional do governo brasileiro, que se
lançam sobre as terras povoadas pela população Waimiri-Atroari, ameaçando, na visão dos
missionários daquela Prelazia, destituir os direitos fundamentais à sobrevivência daqueles
índios. Para combater essa investida do Estado, esses missionários desenvolveram, a partir da
segunda metade de 1975, uma série de projetos objetivando investigar e denunciar as
violentas formas de aproximação da sociedade nacional junto àqueles índios. Nasce a pastoral
indígena daquela prelazia, que irá, por meio de um trabalho de conscientização, promover
uma série de debates em fóruns diversos para expor os abusos sobre os Waimiri-Atroari. Com
a intensificação dessas ações e a iminente concretização das Políticas de Integração, os
missionários criam em 1983 o Movimento de Apoio à Resistência Waimiri-Atroari
(MAREWA), com o objetivo de promover uma moção popular que fosse capaz de frear o
avanço desses projetos e dessa forma garantir a conservação do modo de vida daqueles índios.
Isto posto, esse trabalho traz à tona a trajetória da luta de homens e mulheres da Prelazia de
Itacoatiara engajados no MAREWA em torno da população indígena Waimiri-Atroari e em
defesa daquilo que acreditavam ser o ideal de política indigenista para aquele povo. Observa
os desdobramentos dessa atuação não apenas no âmbito de seus ataques contra o Estado, mas
também em uma dimensão que não se desprendia do popular, pois intimamente ligada a ela e
que por sua vez, garantia sua aprovação e/ou rejeição no âmbito do social. Assim, esse texto
oferece um cenário de relações sociais, de onde emergem indivíduos que tornam a história
desse movimento rica, multifacetada e capaz de fornecer um panorama daquela sociedade em
torno das questões indígenas e das reivindicações populares postas em pauta. |