A proposta deste trabalho se fundamenta em um estudo crítico do setor
agropecuário considerando – o como uma alternativa de desenvolvimento real e
possível para o Estado do Amazonas, tendo como estudo de caso o município de
Parintins. Este setor, voltado para o desenvolvimento da pecuária de corte, já se
apresenta como uma alternativa importante e bastante viável dentro deste contexto.
Até a metade da década de sessenta o desenvolvimento do Estado do Amazonas
estava direcionado principalmente para o setor primário. Com o surgimento da Zona
Franca em Manaus, e do parque industrial, a economia do Amazonas deixou de ser
fundamentalmente extrativista e agrícola para concentrar – se, principalmente, na
indústria e serviços, a ponto da agricultura, pecuária e extrativismo vegetal, animal e
mineral, representarem menos de 5% do PIB. O estado apresenta um déficit de
unidades animais de mais de 4 milhões de cabeças de gado em relação à população
, apesar de possuir cerca de 5,3 milhões de hectares indicados para a formação de
pastagens. No período de janeiro de 1996 e janeiro de 1997 a evasão de renda com
a compra de carnes vermelhas e brancas foi de R$ 112.527.318,40. Esta
insuficiência para o Estado ocasiona um déficit social ainda maior, pois a produção
de gado de corte, bem como as indústrias ligadas a pecuária, poderiam gerar
milhares de novos empregos, supostamente em número igual ou maior que o Distrito
Industrial. Foi observado que a falta da tradição na atividade da pecuária por parte
da população, principalmente do interior, é um dos fatores que atrasam a afirmação
desta atividade. A utilização de tecnologias ultrapassadas, bem como a resistência a
absorver novas tecnologias e o pouco subsídio à pecuária, são outros fatores que
contribuem para que esta atividade não tenha seu desenvolvimento e sucesso
assegurados no Amazonas.
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